Lúcio Bruno lamentou o aumento na conta de luz nos últimos dois anos, quase o dobro do reajuste no salário mínimo. Foto: CMFor

Em seu pronunciamento na Câmara Municipal de Fortaleza, na manhã desta quarta-feira (19), o  vereador Lúcio Bruno (PDT) destacou que, a partir do próximo sábado (22), haverá mais um reajuste de 4,6% na conta de energia no Estado. Segundo ele, enquanto nos últimos dois anos o aumento foi de 30%, o salário mínimo só foi reajustado em 18%. Por esse e outros motivos, o parlamentar quer convocar representantes da Enel para prestar esclarecimentos sobre os serviços prestados em Fortaleza.

“Isso não é uma notícia muito boa. Eu peguei os dois últimos anos de aumento da energia elétrica e tivemos mais de 30% de reajuste da energia, que é um serviço essencial. Se a energia teve reajuste de quase 31%, o salário mínimo deveria ter mais ou menos o mesmo reajuste ou mais. Mas em dois anos, tivemos apenas quase 18% de reajuste do salário”, disse.

“Como que pode o cidadão estar pagando um aumento absurdo dessas concessionária? E sem dizer que é a pior prestadora de serviço do Brasil”, afirmou o pedetista se referindo à empresa Enel. Ele lembrou, ainda, que no ano passado houve um reajuste de quase 25%, sob a alegação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de que seria para socorrer as empresas devido a pandemia do coronavírus.

Socorro

“Nós falamos disso aqui nesta Casa. O reajuste dado pelo Governo Federal foi para o consumidor final. Pois bem, sabem o lucro da Enel no ano passado? A Enel lucrou R$ 640 milhões líquidos”, apontou. “Olha o socorro que foi preciso dar a essa prestadora, que teve lucro líqudio, tirando dinheiro do bolso do cidadão, que tem que escolher comer ou pagar energia”.

Presidente da comissão especial para investigar os serviços das prestadoras de energia e Internet, Lúcio Bruno afirmou que vai convidar a empresa para cobrar melhorias nos serviços prestados pela Enel. “Que ela preste o serviço pelo qual foi contratada para fazer. Vamos cobrar de todas as formas. Se possível for, até judicializar, porque isso é um absurdo. A gente está mendigando um serviço caríssimo para uma empresa dessa vir, la de fora, para ter lucro de R$ 640 milhões”.