Fernandes é um dos principais apoiadores de Bolsonaro e citou em suas redes sobre protestos contra Lula. Foto: Reprodução/Instagram

O deputado federal André Fernandes, do PL do Ceará, ainda acredita em disputar a presidência da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional, que vai investigar os ataques golpistas do dia 8 de janeiro, na sede dos Três Poderes. Autor do pedido de investigação dos atos, ele é um dos investigados por ter influenciado a realização dos ataques aos prédios do Supremo Tribunal Federal (STF), Senado e Câmara Federal.

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Em suas redes sociais, o parlamentar disse que não só vai participar da CPMI como disputará a presidência do colegiado. “Apesar de não ser regimental, a praxe do autor ter preferência, tirando as raras exceções onde houve acordo, sempre valeu”, disse.

O deputado também agradeceu o apoio que recebeu do presidente do PL, o líder político Valdemar da Costa Neto, que também publicou mensagens em apoio ao deputado cearense. “Estamos vivendo momentos muito graves no Congresso Nacional, de casuísmos e manobras que me deixam indignado. Agora, querem impedir o deputado André Fernandes de presidir ou integrar uma CPMI que nasceu de um requerimento dele”, disse o dirigente.

CPMI

“É tradição nas duas Casas. Em toda minha carreira política e de parlamento nunca vi tamanho absurdo. Ele não foi condenado a nada. É investigado como muitos parlamentares são, inclusive do PT e de outros partidos da base. Conte conosco, André Fernandes. Vamos defender seus direitos e do PL até o fim! CPMI neles”, publicou Costa Neto.

Segundo Fernandes, o dirigente político “não aceita que casuísmos e manobras me tirem esse direito”. “Não sou réu, tampouco condenado por nada. Como disse o ex-ministro do STF Celso de Mello no MS24831-DF, o direito da minoria em CPIs precisa ser respeitado”.