Deputado estadual Felipe Mota, em entrevista ao Blog do Edison Silva. Foto: Reprodução

Em entrevista concedida ao Blog do Edison Silva nesta segunda-feira (06/04), o deputado estadual Felipe Mota (União Brasil) se disse preparado para representar a população cearense na Assembleia Legislativa. Ele está em seu primeiro mandato como deputado estadual. Foi eleito com 36.999 votos nas eleições de 2022.

Sobre suas impressões a cerca dos trabalhos legislativos neste primeiro mês da 31ª Legislatura, iniciada no dia primeiro de fevereiro passado, o deputado diz que “quando estamos nos bastidores, nós temos uma ideia, mas quando estamos participando é completamente diferente. […] Quando chegamos aqui, a gente chega com alguns arroubos, com algumas vontades, mas nós temos que seguir o Regimento Interno da Casa. […] então, tem toda uma constância de fatores que faz com que o deputado que chegue [Na Assembleia] ele tem que seguir alguns trâmites, para colocar seu trabalho em dia”, destacou sobre sua vivência no legislativo cearense.

Tempo na tribuna

“Grosseiro, antigo e ultrapassado”. Esses  foram os termos usados por Felipe Mota ao falar sobre o Regimento Interno da Casa, que trata da inscrição dos deputados para a utilização da tribuna no Primeiro Expediente. Acontece que, na Assembleia, os seis primeiros tempos de 15 minutos para discursos no Plenário durante a sessão são ocupados por ordem de inscrição, que abre às 6h da manhã e que muitos deputados madrugam na Casa para efetivarem as inscrições.

“A gente poderia dar uma diminuída no tempo dos discursos. […] Entre esse tempo, um deputado ceder para o outro. Acho que isso faz parte do legislativo. […] Nós temos 9 colegas mulheres, é um regimento completamente machista. Eu vejo até um movimento de escravidão, porque cidadão nenhum consegue ter saúde para ficar na semana, 2 ou 3 dias sem dormir. Isso não faz bem nem para saúde, nem para parlamento e nem para o cidadão que está do outro lado vendo essas matérias. Eles dizem assim ‘como é que 46 deputados, representantes do povo, não conseguem chegar em um consenso pra dar solução à isso?’”, apontou.

Ele ainda ressaltou que a presidência e as lideranças de bancadas da Casa irão sentar para ver uma discussão onde todos tenham direito de levar sua voz e seus projetos. O atual Regimento Interno da Assembleia foi aprovado em dezembro do ano passado, após mais de um ano de trabalho de uma comissão especial para elaborar o novo Regimento. O deputado, na entrevista, falou de vários outros assuntos. Acompanhe-a nas redes sociais do nosso blog.