A próxima Mesa Diretora contemplou oito legendas com representatividade na Câmara Municipal de Fortaleza. Foto: Miguel Martins

O vereador Gardel Rolim (PDT), atual líder do Governo Sarto, foi eleito presidente da Câmara Municipal de Fortaleza para o biênio 2023-2024. O próximo chefe do Poder Legislativo defendeu a realização de uma gestão participativa. Ele também destacou que o momento é de “cicatrizar” mágoas do período eleitoral e focar no trabalho em prol do fortalecimento da Casa.

Durante o processo de escolha, Gardel conseguiu atrair para si o apoio da grande maioria de seus pares na Casa e se consagrou como o nome de consenso entre os 43 representantes da Casa Legislativa, numa eleição que contou coma presença física de 42 votantes. Somente Léo Couto (PSB), que chegou a se colocar como candidato, não compareceu à sede da Câmara Municipal, mas declarou voto favorável na Mesa Diretora eleita.

Além de Gardel, farão parte do colegiado que comandará a Casa a partir do dia 1º de janeiro de 2023 os vereadores Paulo Martins (PDT), como vice-presidente, Renan Colares (PDT), na segunda vice-presidência e Cláudia Gomes (PSDB) como terceira vice-presidente. Bruno Mesquita (PROS) passa a ser o primeiro-secretário, Fábio Rubens (PSB) o segundo-secretário e Kátia Rodrigues (Cida) a terceira secretária.

Os suplentes da Mesa Diretora serão Ana Aracapé, do PL, Luciano Girão, do PP, e Estrela Barros, da Rede Sustentabilidade. Em seu discurso após ser eleito, Gardel Rolim agradeceu a Deus por sua caminhada política e à família, que está ao seu lado durante os momentos mais difíceis de sua jornada como figura pública.

Apoio

Rolim foi eleito vereador, pela primeira vez, em 2016, com pouco mais de 5 mil votos. Quatro anos depois, em 2020, mais que dobrou a quantidade de sufrágios, chegando a quase 12 mil eleitores que apoiaram sua reeleição. Foi escolhido pelo prefeito Sarto como seu líder do Governo, até chegar a ser eleito, com apoio de seus pares, presidente do Legislativo da quinta maior Capital do País.

“Queria fazer uma fala de gratidão primeiro a Deus. Eu me sinto muito grato a Deus e tenho certeza que se não fosse o olhar carinhoso de Deus, eu não estaria aqui. Se não fosse Deus na minha vida, eu não estaria aqui. Quando saí do Interior, quando comecei a minha vida política e chegar a ser chefe do Poder Legislativo da quinta maior cidade do Brasil não é pouca coisa e devo tudo isso a Deus”, disse.

Democracia

Ele também teceu elogios ao atual presidente da Casa, Antônio Henrique (PDT), que deixa a função no dia 31 de dezembro e atuará na Assembleia Legislativa, a partir de fevereiro do próximo ano. “Vossa excelência será reconhecido como um dos maiores presidentes que esta Casa teve. Deixou marcas que a mim cabe superá-las, marcas importantes, que é a marca da humildade, da sensibilidade, da construção coletiva”, destacou. “Fica a responsabilidade de ser melhor, não será fácil”.

Durante entrevista coletiva, o presidente eleito da Casa foi questionado sobre as rusgas ocasionadas entre PT e PDT durante o pleito eleitoral e o futuro das legendas no Estado e na Capital. Em resposta, ele destacou a importância de superar conflitos, salientando que o processo democrático é o melhor caminho. “Nós, políticos, temos o dever de cicatrizar nossas mágoas antes que qualquer outra pessoa. Eu já cicatrizei minhas feridas e agora é pensar em 2023 e 2024. A democracia é melhor caminho e essa eleição prova isso”.