O número apontou para um aumento de 80% quando comparado com a atual legislatura, que conta com cinco parlamentares.  Foto: Pablo Alejandro/Agência Câmara

Em 2023, a Assembleia Legislativa do Estado do Ceará contará com a maior bancada feminina da sua história. A representatividade feminina na Alece conquistou um crescimento importante com a eleição de nove mulheres nas eleições de 2022, realizadas no último domingo (02/10).

O número apontou para um aumento de 80% quando comparado com a atual legislatura, que conta com cinco parlamentares. No entanto, do total das 46 cadeiras da Alece, as mulheres ocuparão somente 19,5%.

A partir de fevereiro de 2023, a bancada feminina contou ainda com uma ampla renovação, uma vez que somente a atual deputada Dra. Silvana (PL) buscou a reeleição.

Assim, a Alece terá, além da deputada, oito estreantes no Legislativo estadual: Marta Gonçalves (PL), Gabriella Aguiar (PSD), Lia Gomes (PDT), Luana Ribeiro (Cidadania), Jô Farias (PT), Juliana Lucena (PT), Larissa Gaspar (PT) e Emilia Pessoa (PSDB).

Participação Efetiva

A titular da Procuradoria Especial da Mulher da Alece, deputada Augusta Brito (PT), destacou o aumento da representatividade feminina na Casa e a importância de as mulheres ocuparem os diversos espaços e incentivarem outras.

A parlamentar é a primeira suplente de Camilo Santana (PT), eleito ao Senado neste pleito. Augusta Brito lembrou que, em seu primeiro mandato, iniciado em 2015, eram sete mulheres na Alece; no segundo, o número caiu para cinco.

“Eu acho que é um novo momento. Tenho certeza que essas mulheres que foram eleitas não vão ficar felizes somente com a eleição, elas querem participar”, afirmou, indicando a presença nas comissões, por exemplo, e nos diversos espaços da Alece.

Augusta Brito comentou a relevância de diferentes perfis das eleitas para a construção da democracia a partir de pensamentos diferentes e de ampla representatividade.

“Acredito muito nessa nova roupagem que vem para a Assembleia Legislativa e que possam representar todos e todas do Ceará”, disse, em pronunciamento realizado na sessão plenária desta quarta-feira (05/10).

A deputada Érika Amorim (PSD), que concorreu ao Senado no pleito, também comentou sobre as candidaturas femininas durante a sessão. Ela ressaltou que o número de candidaturas femininas no Ceará foi o maior desde 1998, o que “comprova a necessidade e importância de leis que garantam e incentivem a participação feminina na política”.

Bancada Federal

O aumento da participação feminina nas bancadas do Legislativo também aconteceu na Câmara dos Deputados, que, a partir de 2023, terá 91 deputadas federais.

O número representa um aumento de 18% com relação à bancada atual, composta por 77 deputadas eleitas em 2018.

A deputada estadual Fernanda Pessoa (União) elogia a oportunidade de mais mulheres estarem no Parlamento, apontando que, apesar de serem maioria na população, ainda há uma representatividade pequena.

A parlamentar foi eleita para a Câmara dos Deputados com 121.469 votos, compondo a bancada feminina cearense com a deputada federal reeleita Luizianne Lins (PT) e a estreante Dayany do Capitão (União).

“Conseguimos eleger três deputadas federais para representar o nosso Estado. As mulheres vão ter uma voz mais firme, mais determinada na Câmara Federal”, afirmou.

Fonte: Al-Ce