A denúncia da vereadora foi feita durante sessão ordinária na Câmara de Fortaleza. Foto: CMFor

A vereadora Adriana da Nossa Cara, do PSOL, foi à tribuna da Câmara de Fortaleza, no início da tarde desta terça-feira (06), para denunciar que uma candidata à deputada estadual, do Partido dos Trabalhadores, teria sido ameaçada por um homem armado, durante atividade de campanha, na Capital cearense. Segundo ela, a bancada bolsonarista na Casa precisa ser cobrada diante manifestações antidemocráticas que fariam no púlpito do Legislativo Municipal.

Ela lembrou que nesta quarta-feira (07), o País comemorará os 200 anos da Independência do Brasil e o atual presidente, Jair Bolsonaro, teria convocado a população a se manifestar, “fazendo um movimento, no mínimo, curioso que precisa de alerta”. Segundo ela, ao alterar o local da parada militar, da Esplanada dos Ministérios para Copacabana, o chefe do Executivo estaria se utilizando do evento para promover sua candidatura.

“Esse evento nos deixa em alerta para saber quem será atacado, qual vai ser o próximo direito humano violado”, disse. Em seu pronunciamento, ela demonstrou solidariedade à candidata Mari Lacerda, que segundo disse, teve sua militância ameaçada por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro, enquanto realizava atividade de rua. Conforme informou, o homem teria sacado uma arma e ameaçado de atirar.

“Isso representa a forma de fazer política do Bolsonaro. Essa é a forma que o atual presidente orquestra no País. Chama as pessoas a se manifestarem contra a democracia”, disse. A vereadora afirmou, ainda, que os apoiadores de Bolsonaro na Câmara Municipal  também precisam ser cobrados.

“Importante cobrar à bancada bolsonarista que apoia essas manifestações antidemocráticas. Sobem aqui, fazem discurso antipovo e precisam ser cobrados. São discursos contra candidaturas  de mulheres, negras, de pessoas da periferia, lgbt. Essa conta vai ser cobrada da ala bolsonarista nesta Csa, que, muitas vezes, perde o senso da democracia”, apontou.