Último debate deste primeiro turno da campanha se deu entre Capitão Wagner, Elmano de Freitas e Roberto Cláudio. Foto: Divulgação

O  último debate entre os três principais candidatos ao Governo do Estado na TV foi marcado por trocas de acusações entre Capitão Wagner (UB), Elmano de Freitas (PT) e Roberto Cláudio. Os postulantes também repetiram as promessas feitas ao longo da campanha eleitoral para a Saúde, Educação, Segurança Pública e geração de emprego.

A discussão entre eles, transmitida pela TV Jangadeiro, não teve novidades em relação a outros debates realizados até então, mas em dados momentos houve aumento do tom entre os concorrentes. Capitão Wagner, por exemplo, insistiu na máxima de que seus adversários fizeram parte de um grupo político durante 16 anos e não aplicaram as propostas que agora são feitas por Roberto Cláudio e Elmano.

“Vocês estão há 16 anos no poder. Podiam fazer e não fizeram. A mudança é essencial”, defendeu ele. Líder da oposição, ele apontou que a gestão de Elmano de Freitas à frente da Secretaria Municipal de Educação de Fortaleza, deixou um rombo de R$ 4 milhões. Ele também lembrou que a ascensão das facções criminosas se deu durante as gestões de Cid Gomes e Camilo Santana.

Elmano de Freitas foi quem mais apontou as falhas de seus oponentes. Destacou o apoio que obteve da governadora Izolda Cela, do ex-presidente Lula e do ex-governador Camilo Santana. Chegou a dizer que Roberto Cláudio aumentou IPTU e taxas de alvará em Fortaleza, quando prefeito, sem dialogar com o setor empresarial. “Eu não digo uma coisa para fazer outra. Não seja ingrato com o governador Camilo Santana”, disse ele contra as colocações do pedetista contra o Governo atual.

O petista também lembrou que Capitão Wagner chegou a chamar Jair Bolsonaro de “estadista“, e, mais uma vez, buscou atrelar a imagem do candidato à do presidente da República, que tem rejeição alta nas intenções de voto no Ceará. “Se estivesse preocupado você não estaria do lado do Bolsonaro, pedindo voto para ele em 2018 e 2022”, disse ele apontando também Wagner como líder de motim no Estado.

Na área da Saúde, Elmano de Freitas disse que o hospital de campanha, idealizado na gestão Roberto Cláudio para combater a pandemia, “quase não atendeu ninguém e destruiu o estádio Presidente Vargas”. Disse ainda que Capitão Wagner se negou a destinar recursos para a construção do Hospital da Uece.

Experiência

Roberto Cláudio, por sua vez, destacou um possível desvio de finalidade na condução do Fundo Estadual de Combate à Pobreza, que segundo ele, os recursos estão sendo mal utilizados. Ele também criticou Elmano, que propôs abrir escolas aos fins de semana. “Tiveram oito anos e não abriram. Quem promete o que não fez não fará”, disse.

Também acusou Elmano de não ter construído uma escola em tempo integral, quando foi gestor da Educação de Fortaleza, e lembrou os momentos de greves. “Foi o pior rendimento das escolas. Ele negou o Paic quando foi secretário”, disse. Ainda de acordo com o pedetista, “Capitão Wagner e Elmano estiveram juntos em 2012. O Elmano só fala dos padrinhos, na falta de experiência e currículo. Só fazem atacar dos padrinhos”.