O documento também trata sobre a identificação e gestão de procedimentos para pessoas falecidas e à atenção multidisciplinar às necessidades das famílias das pessoas desaparecidas e das pessoas localizadas. A defensora pública do Ceará, Elizabeth Chagas, participou do momento. Fotos :Carlos Gibaja

A governadora Izolda Cela assinou decreto, na tarde de quarta-feira (14), no Palácio da Abolição, que institui o Comitê de Enfrentamento ao Desaparecimento de Pessoas. Vinculado à Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), a iniciativa visa articular ações governamentais para a prevenção do desaparecimento e implementação de medidas relacionadas à busca e localização de pessoas desaparecidas. O documento também trata sobre a identificação e gestão de procedimentos para pessoas falecidas e à atenção multidisciplinar às necessidades das famílias das pessoas desaparecidas e das pessoas localizadas. A defensora pública do Ceará, Elizabeth Chagas, participou do momento.

A Defensoria integra o Comitê ao lado da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS), Ministério Público do Ceará, Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), Polícia Civil, Assessoria Especial da Vice-governadora e Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). A expectativa é que o Comitê potencialize o trabalho dessas instituições e agregue mais parceiros, criando fluxos e protocolos de atendimento.

A governadora Izolda Cela lembrou da gravidade e sensibilidade do problema a ser tratado. “Estamos aqui com uma iniciativa que visa resolver um problema tão sensível, tão grave, de tantas repercussões e que afeta as pessoas seriamente, que é a perda de um familiar, de um amigo. As instituições que estão aqui já possuem movimentos e história neste trabalho, o que é importante. Assim, queremos seguir nos organizando e avançando para solucionar este grave problema”, discorreu.

A defensora geral Elizabeth Chagas lembrou a sensibilidade da governadora no tocante às questões sociais, os impactos causados pela violência e, sobretudo, a assistência às pessoas. “Esse Comitê será uma retaguarda social, principalmente, às famílias que precisam se sentir ouvidas e acolhidas. As instituições estão aqui reunidas porque essa é uma pauta muito cara a todos: a vulnerabilidade do desaparecimento de um ente. Mesmo em situação de muita dor, faz muita diferença se sentir acolhida”, assevera.

A titular da SPS, Onélia Santana pontuou a importância de haver, cada vez mais, pessoas e setores juntos em prol da resolução dos casos de desaparecimento de pessoas no Ceará. “É necessário unir forças para a resolução deste problema. Também por isso a importância da criação deste Comitê, para que possamos, de fato, encontrar o maior número de pessoas que estão desaparecidas”, destacou.

Sandro Caron, secretário da SSPDS, ressaltou o grande valor na integração de setores procurando um resultado melhor para todos. “Gostaria também de destacar o trabalho desenvolvido pela Polícia Civil neste mérito. Somente nos primeiros oito meses deste ano, já foram localizadas mais de 430 pessoas desaparecidas. O trabalho em conjunto e o apoio da sociedade vem sendo fundamental para essas conquistas”, disse.

Estiveram ainda presentes o procurador-geral de Justiça do Ceará, Manoel Pinheiro; o chefe do escritório do CICV em Fortaleza, Mario Guttilla; o delegado geral da Polícia Civil, Sérgio Santos; a assessora especial da Vice-governadora, Carla da Escóssia; o perito geral da Pefoce, Júlio Torres; além de outras autoridades.

Fonte: Defensoria Pública do Estado do Ceará