Assim como Bruno, outros vereadores aliados de Roberto Cláudio já demonstraram “decepção” com o ex-governador Camilo Santana. Foto: CMFor
Um dos principais aliados de Roberto Cláudio na Câmara Municipal de Fortaleza, o vereador Lúcio Bruno (PDT), foi à tribuna da Casa, duas vezes na sessão ordinária desta terça-feira (23), para tecer críticas ao ex-governador Camilo Santana e contra a governadora Izolda Cela, que segundo ele, estariam coagindo prefeitos e prefeitas para que esses apoiem o candidato ao Governo pelo PT, Elmano de Freitas. O pedetista chegou invocar o Ministério Público a ter atenção ao que, segundo ele, estaria acontecendo na gestão atual.
Segundo Bruno, licitações estariam sendo canceladas e a população prejudicada com algumas ações do Governo do Estado, conforme informou, apenas para que gestores municipais passem a apoiar Elmano de Freitas. Nos cálculos feitos por Camilo Santana ao menos 114 prefeitos teriam se comprometido com a eleição do postulante do PT.
“Hoje eu estou testemunhando que o coronelismo está sendo implantado no Ceará, com pessoas sendo coagidas, prefeitos sendo chantageados. Por isso o meu discurso é de decepção. Ministério Público, investigue, fique de olho“, disse ele, citando alguns municípios em que uma possível chantagem estaria sendo cometida, dentre eles Pedra Branca, Quixelô, Paracuru e Milhã.
“Esse não é aquele governador em quem eu votei, aquele que passei um ano e seis meses defendendo arduamente. E ainda tenho a opinião de que ele fez no Estado, em uma grande parceria com o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio”, disse. Discurso semelhante ao de Lúcio Bruno já foi proferido por outros aliados de Roberto Cláudio, como Júlio Brizzi, Didi Mangueira e Adail Júnior, todos do PDT.
Em defesa de Camilo Santana, a vereadora Larissa Gaspar (PT) afirmou que a adesão de prefeitos vem sendo feita devido ao desejo desses gestores de que as políticas implantadas pelo ex-governador continue. “Eles não querem cair na possibilidade de entregar nosso Estado ao fascismo. Por isso temos a adesão de tantos prefeitos. E não por chantagem, como lamentavelmente, a gente escuta aqui. É porque vemos o legado do Camilo e da Izolda”, defendeu.
