Augusta Brito levou o tema à tribuna do Plenário 13 de Maio após cass recorrentes ocorridos no Brasil e Ceará. Foto: ALCE

As deputadas da Assembleia Legislativa lamentaram o aumento no número de crimes contra as mulheres nos últimos dias e cobraram medidas mais concretas para inibir esses tipos de ações. Augusta Brito (PT) destacou casos recentes que estão sendo noticiados na imprensa e pontuou que o problema está ainda mais amplificado, devido o contexto político, social e econômico que o Brasil está passando, de conservadorismo e negacionismo.

Entre os casos, está o caso de estupro que teria sido cometido por um médico anestesista Giovanni Bezerra contra uma paciente que passava por uma cesárea no Rio de Janeiro, na madrugada desta segunda-feira (11). Giovanni foi preso em flagrante após ter suas ações gravadas.

Outro caso noticiado  foi o do feminicídio de uma jovem de 22 anos que aconteceu no último domingo (10), enquanto ela comemorava o aniversário, na Bahia. O ex-namorado dela é o principal suspeito de desferir facadas contra a jovem. “O que é que temos feito, o que essa Tribuna, o que o Tribunal de Justiça está fazendo para combater a violência contra mulher?”, indagou.

Augusta Brito falou ainda da prisão de um médico de 45 anos na cidade de Hidrolândia, interior do Ceará, denunciado por estupro de uma paciente durante consulta no posto de saúde do município. O caso veio à tona depois da denúncia da vítima nas redes sociais em maio deste ano.

Augusta Brito citou a dificuldade das vítimas em denunciar e da culpabilização delas. Para Augusta Brito, alguns dos motivos que explicam isso é a questão da falta de acolhimento às mulheres nos diferentes espaços, sobretudo nos dedicados à resolução desses problemas. Outro ponto é o fato de ser extremamente doloroso para as vítimas terem que relembrar o acontecido e denúncia e também o medo do julgamento.

Unidade

A deputada Dra. Silvana (PL) também se posicionou sobre o caso e defendeu que o anestesista filmado estuprando uma mulher em trabalho de parto deveria ser punido, sem possibilidade de qualquer questionamento, uma vez que as imagens mostram o ato. A parlamentar defendeu um posicionamento dos principais órgãos sobre o caso e pediu unidade das mulheres para combater esse tipo de crime.

Renato Roseno (Psol) afirmou que os casos relatados causam indignação e revolta a todos, principalmente em quem luta contra a violência contra a mulher. Roseno falou da importância de movimentos sociais e institucionais na defesa do direito das mulheres e chamou  atenção para o número de Delegacias da Mulher no Ceará que, de acordo com ele, é muito aquém do que é determinado por lei.