Perícia pode mostrar se dirigente está envolvido em suposta tentativa de tráfico de influência. Foto: ALCE

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga possível envolvimento de associações militares no financiamento de motins no Ceará, não realiza, pela segunda semana consecutiva, sua reunião ordinária nesta terça-feira (21). O colegiado aguarda análise da Polícia Forense de áudio atribuído ao presidente da Associação dos Profissionais de Segurança (APS), Cleyber Araújo, suspeito de tentativa de tráfico de influência.

De acordo com membros da CPI, os trabalhos continuam acontecendo de forma interna, apesar de as reuniões ordinárias não estarem ocorrendo.  A última vez que o grupo se reuniu foi no dia 7 de junho, quando Cleyber Araújo foi novamente ouvido, na condição de testemunha, quando o relator do colegiado, Elmano de Freitas (PT), apresentou áudio atribuído ao dirigente da associação.

Na ocasião, quando Elmano apresentou o áudio, ele questionou  Cleyber se ele reconhecia sua voz nos áudios mostrados. No entanto, a defesa do dirigente o orientou para se manter em silêncio o restante do encontro. Na gravação, pessoas estariam reunidas e discutindo como fariam para conseguir limiar junto à justiça, e em determinado momento alguém propõe uma negociação com uma terceira pessoa, que cobraria dois meses de arrecadação da Associação naquele momento, ou seja, algo em torno de R$ 400 mil, valor  esse que motivou novo depoimento do dirigente.

De acordo com a secretaria jurídica da CPI, os áudios só foram enviados para a Perícia Forense nesta segunda-feira (20), e que os próximos passos da CPI dependerão do resultado que deve ser encaminhado pela Pefoce para a comissão nos próximos dias. Os encaminhamentos dados, neste momento, dependem das demandas do relator Elmano de Freitas.