Passado o período da “janela partidária”, quando os políticos que vão disputar as eleições deste ano puderam deixar suas siglas sem serem denunciados por infidelidade, a leitura que se faz no meio político local é que a base de apoio da governadora Izolda Cela (PDT) na Assembleia Legislativa do Ceará se fortaleceu, visto o crescimento dos partidos aliados. Já a oposição, agora agrupada em menos partidos, demonstra coesão.
Com o ingresso de Bruno Pedrosa no PDT, a agremiação mantém a liderança na Casa, dando sustentação ao Governo atual na Assembleia Legislativa. Além dele, outros 12 pedetistas estão no grupo. São eles: Antônio Granja, Evandro Leitão, Guilherme Landim, Jeová Mota, Manoel Duca, Marcos Sobreira, Queiroz Filho, Osmar Baquit, Romeu Aldigueri, Salmito, Sérgio Aguiar e Tin Gomes.
O Partido dos Trabalhadores (PT), que também está na base do Governo, saltou de quatro para sete parlamentares. Além de Elmano Freitas, Moisés Braz, Acrísio Sena e Fernando Santana, somam-se à sigla os novos petistas: Augusta Brito (ex-PCdoB), Nizo Costa, egresso do PSB; e Júlio César Filho, que deixou os quadros do Cidadania.
O MDB, apesar de ter perdido Walter Cavalcante, que foi para o PV, se encontra na terceira colocação, e apoia a gestão de Izolda. O partido possui, atualmente, seis deputados: Agenor Neto, Audic Mota (ex-PSB), Danniel Oliveira, Davi de Raimundão, Leonardo Araújo e Nelinho (ex-PSDB).
Já o União Brasil (UB), que nasceu da fusão entre DEM e PSL, possui quatro integrantes, todos membros da bancada de oposição. Fazem parte da legenda os deputados: Soldado Noélio e Tony Brito, que deixaram o PROS; Fernanda Pessoa, que saiu do PSDB; e Heitor Férrer, egresso do SD. Também no grupo dos oposicionistas está o PL, com três membros: André Fernandes, que deixou o Republicanos; Delegado Cavalcante (ex-PTB) e Dra. Silvana.
A configuração da oposição demonstra mais coesão por parte do grupo, visto que, a partir de agora, seus membros estão distribuídos em apenas dois partidos. Anteriormente, divididos em cinco agremiações, os membros da bancada reclamavam a falta de unidade.
O PP saiu menor da “janela partidária”. Antes com cinco deputados, agora o partido possui apenas três: Zezinho Albuquerque (saído do PDT), João Jaime (ex-DEM) e Leonardo Pinheiro, único integrante que já estava na legenda.
O PSD cresceu, com a saída de parlamentares do Progressistas. Antes somente com Érika Amorin, agora somam-se: Fernando Hugo e Lucílvio Girão.
Representante
O Republicanos, que em 2018 elegeu apenas David Durand para o Legislativo Estadual, agora conta com dois representantes na Casa, já que Apóstolo Luiz Henrique também deixou o PP e ingressou na sigla.
Gordim Araújo deixou o Patriotas e se filiou ao PSDB, que mantém um representante na Assembleia Legislativa.
Carlos Felipe, que não pretende disputar reeleição, passa a ser o único integrante do PCdoB no Legislativo Estadual.
Já Renato Roseno (PSOL) e Aderlânia Noronha (SD) não mudaram de partido. O socialista ainda estuda para qual cargo deve disputar o pleito deste ano. Aderlânia, por sua vez, não é candidata nas eleições de 2022.
Com as mudanças eleitorais ocorridas, os seguintes partidos deixaram de existir na Assembleia Legislativa: PROS, Cidadania, PSB, Patriotas, PTB.
Base governista
PDT – 13 deputados
PT – 7
MDB – 6
PP – 3
PSD – 3
Republicanos *- 2
PSDB – 1
PCdoB – 1
PV -1
SD – 1
Oposição
UB – 4
PL – 3
PSOL** – 1
*Apesar de postura de independência, e até oposição, nos últimos meses a tendência é que o Republicanos esteja na base governista de Izolda Cela.
** Faz oposição, mas não está ligado à bancada formada por UB e PL.