Senador Tasso Jereissati lembrou que o ex-tucano Geraldo Alckmin pode ser o vice do ex-presidente Lula. Foto: Miguel Martins.

Principal representante do PSDB no Ceará, o senador Tasso Jereissati afirmou que o partido deve aguardar o desempenho do pré-candidato da sigla à Presidência da República, João Dória Jr, após o gestor deixar o Governo do Estado de São Paulo.

De acordo com ele, toda aliança é válida nas eleições deste ano para derrotar o presidente Jair Bolsonaro e seu grupo político.

Tasso participou, no início da tarde desta segunda-feira (21), do evento de filiação do suplente de senador Chiquinho Feitosa (ex-DEM) à sigla tucana. Feitosa deverá comandar o partido a partir do próximo mês, quando termina o período do mandato do ex-senador Luiz Pontes.

Questionado sobre os próximos passos do PSDB com vistas à Presidência da República, Tasso lembrou que o PSDB apresentou um candidato, João Dória, que terá a oportunidade de sair do Governo do Estado para fazer campanha, e após esse processo, a sigla deve avaliar se seu nome estará na disputa em outubro.

“Ele tem que mostrar que tem presença realmente efetiva na corrida eleitoral. O candidato oficial é o Dória, mas precisamos ver se ele realmente tem o desempenho. Se não tiver, a gente precisa pensar”, disse.

Tasso defende que, em caso de uma candidatura de Dória não engatar, que se apresente outro nome da chamada terceira via política. Segundo o senador, há um número considerável de pretensos postulantes nesse cenário e isso precisa ser reduzido. Ainda de acordo com ele, o partido vai aguardar o desempenho de Dória em suas incursões, logo após deixar o Governo do Estado. “Esperamos que ele tenha condições de reagir, agora que vai deixar o Governo”.

Derrotar

Sobre a possibilidade de alianças entre o PSDB e outras siglas para derrotar o bolsonarismo, o parlamentar destacou que existe possibilidade de apoios diversos no País, inclusive, com o Partido dos Trabalhadores. “Não só para derrotar o bolsonarismo, mas para construir um momento de paz, de equilíbrio, de serenidade. Sem ódio, sem radicalismo. Todos esforços e alianças são possíveis. Acho que tudo é possível. Estamos vendo aí o Alckmin, provavelmente, como vice do Lula. A política tem muita mudança. Mas hoje temos candidato próprio”, ponderou.

O parlamentar também destacou que não deve mais disputar reeleição ao Senado Federal. A tendência é que ele faça parte do grupo que apoiará o nome do governador Camilo Santana à única vaga que é disponível para o Ceará nestas eleições, no caso a dele cujo mandato termina no fim de janeiro do próximo ano. Sobre o futuro, o tucano afirmou que continuará se dedicando às causas políticas.

“Vou continuar na política no sentido de estar ajudando, colaborando, apoiando. A gente não sai da vida pública nunca. O eleitor cearense me deu muito, e essa obrigação de trabalhar pelo Ceará eu tenho até o fim da vida“, disse.