O Blog do Edison Silva na Rádio Assunção Cearense, desta segunda-feira, 14 de março, iniciou lembrando que a maioria dos parlamentares, com disposição de trocar de partido, aproveitando-se da janela partidária, ainda não concretizou seu objetivo.

Há gente receosa quanto mudar para a agremiação pretendida. Mas, doze dias após a abertura do período da Janela Partidária, ao menos duas bancadas na Câmara dos Deputados já sofreram significativas mudanças: a do União Brasil e a do Partido Liberal (PL).

A sigla do presidente Jair Bolsonaro (PL), hoje, já é a maior bancada e deve aumentar ainda mais, superando o União Brasil, nascido com 81 parlamentares – a soma dos deputados federais eleitos, em 2018, pelos extintos DEM (29) e PSL (52). No último final de semana, 16 deputados deixaram o União. As últimas mudanças ainda não foram registradas pela Câmara, mas a primeira bancada é a do PL, seguida do União, PT, Progressistas e PSD.

No Ceará, em relação à Assembleia Legislativa, ainda não houve qualquer mudança significativa de bancada. É esperada, nos próximos dias, a filiação do deputado estadual Zezinho Albuquerque (PDT) ao Partido Progressistas, presidido por seu filho, o deputado federal Antônio José Albuquerque, que alimenta a possibilidade de ser governador do Estado.

Em relação à bancada federal, tem-se como certa a saída de Capitão Wagner do PROS para se filiar ao União Brasil, se realmente ele for confirmado na presidência do grêmio no Ceará, juntamente com seu colega, Vaidon Oliveira. Se não ficar com o União, Wagner pode filiar-se ao PL, e por orientação de Jair Bolsonaro, ser candidato a governador no mesmo partido do chefe do Executivo nacional.

Reservadamente, alguns políticos admitem a possibilidade do PDT perder dois deputados federais para partidos aliados de Bolsonaro, no caso, Eduardo Bismarck e Robério Monteiro, ambos próximos ao presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (Progressistas/AL), correligionário do presidente da República. Lira tem divergências com o PDT cearense e com o senador Cid Gomes (PDT/CE). Cid, inclusive, criticou o alagoano por sua atuação como presidente da Câmara. O senador Ciro Nogueira (Progressistas/PI), quando ainda não era ministro palaciano, foi quem defendeu Arthur Lira dos ataques do cearense.

Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, está contando como certa a filiação de Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, ao seu partido. Leite está em São Paulo, após uma viagem aos Estados Unidos. O jornal Valor Econômico, na edição desta segunda-feira (14), tratou do tema.

A questão dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha, aumentados na última semana, continua dominando o ambiente econômico e político do Brasil. Nas próximas horas, os governadores dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal decidirão se recorrem ou não ao Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a constitucionalidade da lei, aprovada com urgência pelo Congresso Nacional, tirando poderes dos Estados de fixar alíquotas diferentes de cobrança do ICMS sobre os combustíveis. Hoje, esta é a principal fonte de arrecadação da maioria dos Estados, juntamente com a cobrança do ICMS em relação ao consumo de energia e de comunicações.

A lei sancionada pelo presidente diz que o ICMS só pode ser cobrado pelo litro da gasolina vendido pela Petrobras e não pelo valor final cobrado nas bombas. Isso reduzirá, em muito, os ganhos dos Estados. Bolsonaro não esconde sua preocupação com a situação.

O presidenciável Ciro Gomes (PDT), desde quando os aumentos dos preços dos combustíveis tornaram-se constantes, de acordo com a oscilação do dólar, tem criticado fortemente a política de preços da Petrobras, responsabilizando Bolsonaro, bem como os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff. Ele prometeu, caso eleito, mudar esta política de preços atrelada ao dólar. No último fim de semana, ele foi mais forte em suas críticas.

Começou a funcionar no Senado Federal a Comissão Especial de Atualização da Lei do Impeachment, presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, o mesmo que presidiu o processo de impeachment da ex-presidente Dilma

A Lei é antiga. Nas últimas duas décadas, foi aplicada em duas oportunidades, sendo a primeira no impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, e, mais recentemente, no caso envolvendo a petista. Por sinal, o próprio Lewandowski foi bastante criticado por não ter permitido a condenação de Dilma à perda dos direitos políticos, como ocorreu com Collor. A Comissão é composta por doze integrantes, incluindo ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal de Contas da União (TCU) e outros. Em entrevista à imprensa, o senador Rodrigo Pacheco (PSD/MG) explicou a instalação do colegiado.

Roberto Requião (MDB), ex-governador do Paraná, foi às redes sociais anunciar sua filiação ao PT, que ocorrerá no próximo dia 18. Ele, ao longo dos últimos anos, foi uma das principais lideranças nacionais do MDB. Tinha boa relação com os seus correligionários de agremiação no Ceará, a partir de Iranildo Pereira, Mauro Benevides e Paes de Andrade. No anúncio, Requião conclama os brasileiros a fazer como ele, engrossando a “frente em defesa” da candidatura presidencial de Lula. O agora petista concorrerá, novamente, ao Governo do Paraná.

Por fim, o noticiário radiofônico lembrou que o Sistema Prisional cearense foi criticado por integrantes do Conselho Nacional de Justiça, segundo informações publicadas no site do próprio CNJ, e destacada no Blog do Edison Silva.

O Blog do Edison Silva na Rádio Assunção Cearense vai ao ar de segunda a sexta, das 11h45 às 12h15, logo após o programa “É Tempo de Bola”.​

Assista ao programa desta segunda-feira (14/03):