Osmar Baquit (PDT) atuou como titular na Secretaria da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa) no primeiro governo de Camilo Santana (PT). Foto: Miguel Martins.

De acordo com o deputado Osmar Baquit (PDT), com uma candidatura própria ao Executivo estadual  para o pleito do próximo ano, a PDT conseguirá repetir o mesmo desempenho de 2018, quando, coligado, elegeu 14 parlamentares para a Assembleia Legislativa do Ceará.

O parlamentar afirmou, ainda, não encontrar motivos para que pretensos candidatos temam ingressar no PDT. Em caso de não eleição, Baquit afirma que nomes poderão ser sondados para a gestão, o que beneficiaria possíveis derrotados. Essa, inclusive, tem sido uma realidade a cada nova gestão governamental.

Desprezado por colegas pedetistas, vereador Adail Júnior aponta dificuldades para reeleição de alguns deputados

“Se não for eleito, um governador aliado pode chamar o secretário e você se efetiva praticamente quatro anos, porque você se efetiva no lugar daquele secretário. Agora mesmo o (suplente) Ferreira Aragão assumiu a vaga de deputado, o Oriel Nunes Filho também assumiu. Quem tem esse tipo de medo não pode entrar para a política”, afirmou.

O pedetista afirma que a legenda continua fortalecida e que não há motivos para que membros da legenda fiquem receosos de não ser eleitos.

Há duas semanas, o vereador Adail Júnior (PDT), da tribuna da Câmara Municipal de Fortaleza, afirmou que muitos de seus correligionários do Legislativo estadual correm o risco de não ser reeleitos, visto alguns quadros que devem se colocar como pretensos candidatos ao pleito pela sigla.

Na avaliação de Adail, o presidente da Câmara, Antônio Henrique; a irmã do senador Cid Gomes, Lia Gomes; além do secretário municipal de Fortaleza, ex-prefeito Cláudio Pinho; são nomes que vão se apresentar com expressiva densidade eleitoral, podendo causar estragos para alguns deputados pedetista que tentarão a reeleição. Ele citou, ainda, Queiroz Filho, Sérgio Aguiar, Salmito Filho, Romeu Aldigueri e Evandro Leitão como parlamentares que não terão dificuldades caso tentem um novo mandato eletivo.

Baquit, porém, vai na contramão do que afirmou Adail Júnior. Segundo ele, o PDT atual está tão fortalecido como aquele que elegeu 14 deputados em 2018, ainda que naquela ocasião estivesse coligado com outras legendas. Em 2022, as eleições proporcionais (para deputados estaduais e federais) se darão sem a possibilidade de aglutinação partidária, as chamadas coligações.

De acordo com o deputado pedetista, ainda que não tivesse se aliado a outras legendas, a sigla teria conquistado os mesmos assentos na Casa Legislativa. “Agora, com a perspectiva de termos um candidato a governador pelo nosso partido, aumenta o voto de legenda e deverá aumentar o número de deputados eleitos”, defende.

Atualmente, o PDT trabalha internamente com os nomes do ex-prefeito Roberto Cláudio, vice-governadora Izolda Cela, deputado estadual Evandro Leitão e deputado federal Mauro Filho como pretensos candidatos ao Governo do Estado em 2022 pela sigla. Segundo Baquit, o escolhido será anunciado após diálogos com siglas aliadas, como o PT, PP, PSD e outros.

Em 2018, em coligação com PP, PR, DEM e PRP, o PDT elegeu 14 deputados estaduais. Foram eles: Queiroz Filho, Salmito Filho, Sérgio Aguiar, Romeu Aldigueri, Evandro Leitão, Guilherme Landim, Zezinho Albuquerque, José Sarto, Marcos Sobreira, Osmar Baquit, Tin Gomes, Jeová Mota, Nezinho Farias e Antônio Granja.

Dos 14 eleitos pelo PDT em 2014, dois deles foram eleitos prefeitos em 2020 (Sarto em Fortaleza e Nezinho Farias em Horizonte) e não estarão na disputa do próximo ano, assim como Zezinho Albuquerque, que tende a se filiar ao PP. Também não devem disputar pelo PDT os suplentes Duquinha, Ferreira Aragão e Adail Júnior.