Cerca de 26 profissionais de tecnologia da informação colocaram em prática ataques aos equipamentos e sistemas desenvolvidos para as Eleições Gerais de 2022, a fim de detectar possíveis vulnerabilidades do sistema votação.  Foto: Reprodução/ TSE

Nesta segunda-feira (29), às 16h, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Roberto Barroso, vai apresentar à imprensa o resultado do Teste Público de Segurança (TPS) 2021 do sistema eletrônico de votação e apuração.

De acordo com o TSE, o teste, que este ano chegou à sexta edição, tem ”finalidade identificar vulnerabilidades relacionadas à violação da integridade ou do anonimato dos votos de uma eleição”.

Previsto inicialmente para terminar na última sexta-feira (26), o teste se estendeu a pedido do grupo de investigadores da Polícia Federal (PF). Pela primeira vez, a prorrogação foi prevista no edital, totalizando 6 dias de testes.

”Tínhamos dois planos de ataque. Um deles, abandonamos no segundo ou no terceiro dia e seguimos com o outro, ligado ao JE Connect, até o fim. Ainda tínhamos algumas dúvidas, e esse horário no sábado foi importantíssimo para ajustar essas questões finas e montar todas as peças do nosso plano de ataque caso a gente fosse simular isso num ambiente real”, esclareceu o coordenador do grupo de investigadores da Polícia Federal, Ivo Peixinho.

Para o coordenador de Sistemas Eleitorais do TSE, José Melo Cruz, o teste como um todo foi um dos melhores dos quais já participou. ”Tivemos planos muito bons, a Polícia Federal, como sempre, manteve o altíssimo nível de trabalho deles, um trabalho espetacular que a gente reconhece e sempre aprende muito com eles”, afirmou.

Segundo Melo, não houve nenhuma quebra efetiva do processo eleitoral, mas tiveram barreiras ultrapassadas. ”Nós temos que trabalhar e aperfeiçoar os sistemas. E os testes servem para que possamos aprender com esses ataques de pessoas e grupos externos”, revelou.

O trabalho que foi concluído no último sábado (27) durou seis dias, 26 profissionais de tecnologia da informação colocaram em prática ataques aos equipamentos e sistemas desenvolvidos para as Eleições Gerais de 2022, a fim de detectar possíveis vulnerabilidades do sistema votação e apuração a tempo de serem corrigidas para o próximo pleito. ”Dessa forma, dos 29 planos de ataques apresentados pelos grupos, apenas cinco deles foram concluídos com achados relevantes”.

O Secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal, Júlio Valente, disse que o teste foi um dos mais produtivos desde que a Justiça Eleitoral iniciou, em 2009, a submeter os sistemas eleitorais a testes públicos. ”Tivemos um número recorde de planos de teste e de investigadores que vieram contribuir para o amadurecimento da segurança dos sistemas, aprofundando o caráter colaborativo do evento: Justiça Eleitoral e sociedade de mãos dadas por eleições cada vez mais seguras e auditáveis”, disse.

O TPS, de acordo com o TSE, ”é um evento permanente do calendário de preparação de cada eleição e ocorre, preferencialmente, no ano que antecede o pleito, em ambiente preparado na sede do TSE, em Brasília”.

Com informações da  Agência Brasil e TSE