Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, se filia ao PSD com a presença de Gilberto Kassab e correligionários. Foto: Ascom/PSD.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, reiterou sua postura de defesa “da pacificação, da moderação e do diálogo com todos os personagens da política” durante entrevista após sua filiação ao Partido Social Democrático (PSD), nesta quarta-feira (27), em evento no Memorial Juscelino Kubitscheck, em Brasília.

Ele fez a afirmação ao defender o Senado das críticas do presidente Jair Bolsonaro — que afirmou ter dificuldades para aprovar na Casa a Proposta de Emenda à Constituição 23/2021, também conhecida como PEC dos Precatórios.

Essa PEC prevê o parcelamento do pagamento de parte dos precatórios, que são dívidas do governo resultantes de decisões judiciais. A proposta ainda não chegou ao Senado, pois antes precisa ser votada e aprovada na Câmara dos Deputados, o que não havia acontecido até a tarde desta quarta-feira (27).

Pacheco afirmou que tem “excelente diálogo” e “profundo respeito” pelo presidente da Câmara, o deputado federal Arthur Lira. E ressaltou que cada Casa legislativa tem seu próprio tempo de reflexão sobre as propostas em tramitação.

— Com todo o respeito, a Câmara dos Deputados também tem o seu tempo de aprovação. Há projetos que já aprovamos no Senado, que agora estão na Câmara, e não há da minha parte nenhuma cobrança, porque a Câmara tem o seu tempo. Nós temos que respeitar esse tempo do processo legislativo, que às vezes é um tempo que milita em favor da sociedade. É o tempo da reflexão, da ponderação, das melhorias, dos acréscimos, das supressões e das modificações.

O presidente do Senado acrescentou que as críticas não vão alterar sua busca pelo consenso:

— Sempre respeitei críticas. Obviamente, críticas que possam ser explicadas, ou que sejam injustas, serão por mim esclarecidas ou até rebatidas. Mas eu pretendo manter a minha postura de pacificação, de moderação, mantendo diálogo absoluto com todos os personagens da política, inclusive com o Palácio do Planalto.

Além disso, Pacheco condenou as tentativas de antecipar o debate eleitoral que possam atrapalhar a discussão dos problemas mais urgentes para o país.

— Vamos ter essa sabedoria de separar as coisas. A questão político-partidária de 2022 não pode interferir nas boas relações que temos de manter neste momento. O que as pessoas esperam de nós são soluções, e não há solução no Brasil que não seja a partir de uma convergência do Poder Executivo e do Poder Legislativo, que fazem as leis, executam as leis e promovem as políticas públicas.

Ele destacou a pobreza crescente no Brasil. “A fome é um flagelo inaceitável que tem castigado tantos brasileiros, e nossa economia precisa deslanchar”, disse.

No evento, o presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, destacou o papel do senador e a indicação de que disputará a presidência da República pelo PSD. Reforçou também a necessidade de uma alternativa à polarização política no País.

Com a filiação, o PSD passa a contar com os três senadores que representam Minas Gerais. Os outros dois são: Antonio Anastasia e Carlos Viana.

No Senado Federal, o PSD passa a ter 12 senadores, a segunda maior bancada da Casa.

Rodrigo Otavio Soares Pacheco é advogado e foi criado na cidade de Passos, no Sul de Minas Gerais, tem 44 anos e sólida experiência jurídica, especialmente na área penal. Natural de Porto Velho (RO), está em seu primeiro mandato como senador, depois de ter exercido um mandato como deputado federal (2015-2018), quando presidiu a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, considerada a mais importante comissão da Casa. Em fevereiro deste ano foi eleito presidente do Senado.

Rodrigo Otavio Soares Pacheco, formado em Direito pela PUC Minas, é especialista em Direito Penal. Foi criado na cidade de Passos, no Sul de Minas Gerais, tem 44 anos. Natural de Porto Velho (RO), está em seu primeiro mandato como senador, depois de ter exercido um mandato como deputado federal (2015-2018), quando presidiu a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.

Foi o mais jovem Conselheiro Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, entre 2013 e 2015. Na Ordem, foi presidente da Comissão Nacional de Apoio aos Advogados em Início de Carreira, além de ex-conselheiro estadual e ex-presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas da OAB/MG.

Foi membro do Conselho de Criminologia e Política Criminal do Estado de Minas Gerais. Eleito deputado federal em 2014, foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, cargo exercido pela primeira vez por um deputado em primeiro mandato.

Sempre atuou em defesa do aprimoramento jurídico do País e do fortalecimento da educação, saúde, segurança e geração de empregos. Em 2018, foi eleito senador por Minas Gerais com 3.616.864 votos. Foi líder do Democratas no Senado no biênio 2019/20. Em fevereiro de 2021, foi eleito presidente do Congresso Nacional para o biênio 2021/22.

Fontes: Agência Senado e PSD.