Deputado Eduardo Bolsonaro (foto) e seu irmão Carlos, de acordo com informações, estariam planejando montar estrutura no Exterior para disparo em massa de fake news. Foto: Divulgação.

Diante do que consideram “nova e gravíssima ameaça que paira sobre a legitimidade e higidez das eleições presidenciais” do próximo ano, o deputado Rui Falcão (PT-SP) e o advogado Marco Aurélio de Carvalho entraram com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que seja apurada a possível interferência de dois dos filhos do presidente Jair Bolsonaro no pleito de 2022.

De acordo com a representação, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) estariam tentando montar uma estrutura no exterior para fazer disparos em massa de notícias falsas por meio de redes sociais e, assim, driblar os controles dos órgãos de fiscalização no Brasil. A informação foi publicada, primeiramente, no site UOL.

De acordo com a representação dirigida ao TSE, a conexão fora do país estaria sendo feita por Eduardo Bolsonaro que, como presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, teria estreitado relação com Steve Bannon, ex-assessor de Donald Trump. Para o envio das mensagens, dizem Falcão e Carvalho, com base na informação do UOL, o meio preferencial seria pelo Telegram, aplicativo de troca de mensagens que não tem representação oficial no Brasil.

Na ação, o deputado e o advogado pedem que o Corregedor-Geral Eleitoral, ministro Luís Felipe Salomão, tome providências para barrar qualquer iniciativa e evitar a consecução dos planos dos filhos de Bolsonaro. Salomão, no início de agosto, mandou instaurar inquérito contra o presidente por ataques ao sistema eleitoral.

Além disso, solicitam providências para que o TSE tente contato, inclusive por meios diplomáticos, com a empresa Telegram, sediada na Rússia, e a realização de audiências públicas com especialistas capazes de apontar caminhos para evitar interferências externas no processo eleitoral.

Fonte: ConJur.