Tia Francisca quer uma difusão do conhecimento e combate ao suicídio. Foto: Divulgação.

Em tramitação na Câmara Municipal de Fortaleza, o projeto de Lei 500/2021 estabelece normas para a implantação de uma política municipal de prevenção ao suicídio, chamada “Viver a Vida”.

O texto é de autoria da vereadora Tia Francisca (PL).

A proposta, caso aprovada, atuará auxiliando pacientes com quadros depressivos, com inclinação à prática suicida. Também atuará na identificação de doenças psíquicas em pessoas, bem como, ajudando nos seus tratamentos.

O “Viver a Vida” irá promover palestras e seminários afim de alertar e orientar a população sobre como diagnosticar comportamento autodestrutivo, com objetivo na qualificação de profissionais da saúde, para identificar pacientes com esse transtorno.

A divulgação de cartazes sobre os sintomas do suicídio, a criação de canais de atendimento pessoal a socorrer diagnosticados ou a aqueles que se encontrem com sinais suicidas, bem como o monitoramento de possíveis novos casos suicidas em Fortaleza e o estímulo à pesquisas sobre o tema, são outras propostas do programa.

Justificativa

Francisca cita o crescimento de suicídios no Brasil, entre os anos de 2000 a 2012. Neste recorte de tempo, o país foi a quarta nação latino-americana que mais cresceu neste quesito, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Registra-se o fato de mais mulheres, aumento de 17,80%, cometendo suicídio no período citado acima. Já entre os homens, houve um acréscimo de 8,20%.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente, 800 mil pessoas tiram suas próprias vidas, sendo 12 mil delas no Brasil.

“O grande problema para a questão do suicídio é a falta de uma assistência às pessoas que tentam tal ato. Em geral, onde a pessoa é atendida, acaba sendo submetida a situações de constrangimento ou humilhação. Em muitos casos, conforme assegura a OMS, é possível prevenir 90% das mortes se houver condições de ajuda efetiva”, cita a parlamentar.