Cerimônia de entrega do Residencial Solar São Mateus no município de São Mateus/ES. Foto: Alan Santos/PR.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender o uso da hidroxicloroquina para o tratamento do novo coronavírus (Covid-19).

Nesta sexta-feira (11), durante cerimônia para a entrega de 434 casas a famílias de baixa renda do município capixaba de São Mateus/ES, Bolsonaro disse ter optado desde o início da pandemia por ir às ruas ao contrário de “ficar no Palácio da Alvorada” e que quando contraiu a doença tomou o medicamento.

“Desde o início da pandemia estive no meio de vocês, nas comunidades mais pobres de Brasília. Criticado por isso, poderia ter ficado no Palácio da Alvorada com todo o conforto do mundo, mas sempre preferi ficar ao lado do povo, sabendo que tinha um vírus mortal. Fui acometido do vírus e tomei a hidroxicloroquina”, disse Bolsonaro.

Já não é de agora que o presidente Bolsonaro faz coro para usar medicamentos, como hidroxicloroquina, para o tratamento da Covid-19.

Durante a cerimônia, o presidente da República disse, ainda, que talvez tenha sido o único chefe de Estado a procurar um remédio contra o novo coronavírus e que ouviu pessoas com conhecimento científico que indicaram o medicamento para o tratamento do novo coronavírus (Covid-19).

“Talvez eu tenha sido o único chefe de estado que procurou o remédio para esse mal, tinha que aparecer alguma coisa. Ouvi pessoas que tinham conhecimento sobre o caso, mas quando eu falei que aquilo [a cloroquina] poderia ser bom, a oposição abriu uma guerra contra a gente. Não vou esmorecer. Não sou cabeça dura, sou perseverante; lutamos para salvar vidas, enfrentamos os mais variados e cruéis desafios”, acrescentou.

Estudos científicos apontam que a cloroquina e hidroxicloroquina não possuem eficácia comprovada no tratamento de covid-19. A posição do presidente também é contrária à do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que disse, nessa semana, durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, instalada no Senado Federal, entender que esse tipo de medicamento não é eficaz para a Covid-19.

Durante seu discurso, o chefe do Executivo disse ainda que não fechou comércios durante a pandemia e que jamais decretaria medidas de isolamento social, como a restrição de circulação nas cidades. “Eu não fechei nenhum comércio, eu não destruí emprego e não tirei o ganha-pão de ninguém. Jamais decretaria toque de recolher”, disse.

“Tenho as Forças Armadas ao meu lado, sou o chefe supremo delas. Jamais elas irão às ruas para mantê-los em casa. Poderão, sim, um dia ir às ruas para garantir a sua liberdade e o seu bem maior, que é aquilo previsto em nossa Constituição”, afirmou.

Jair Bolsonaro estava acompanhado dos ministros do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho; da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas; e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno; além do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.

Com informações da Agência Brasil.