CPI da Pandemia realizou reunião deliberativa para votar requerimentos de convocação; de quebra de sigilos telefônico, telemático, fiscal e bancário; e de informações. Entre os pedidos na pauta, estavam as convocações de representantes do Facebook, Twitter e YouTube. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Nesta quarta-feira (23), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia aprovou a convocação de representantes do Facebook e do Google, de forma a avançar nas investigações sobre a divulgação de informações sem embasamento científico, relacionadas ao combate à pandemia.

Com a convocação, os senadores pretendem obter, dessas empresas de tecnologia, detalhes sobre o motivo de elas não terem retirado do ar conteúdos que divergem daquelas que têm, por base, evidências científicas para evitar a propagação da COVID-19.

A CPI aprovou também a quebra de sigilo de empresas ligadas a Carlos Wizard e de organizações sociais que atuam na área da saúde, no Rio de Janeiro. Outro item aprovado foi a realização de depoimento secreto do ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, após denúncia feita por ele, em outra sessão da CPI, na qual relatou supostas intervenções do Governo Federal no combate à pandemia.

Também foram aprovadas resoluções visando a investigação de contratos assinados entre o Ministério da Saúde e a empresa Precisa Medicamentos, que é representante da importadora da vacina indiana Covaxin no Brasil.

Um outro requerimento aprovado pela comissão, apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pede ao Tribunal de Contas da União (TCU) que faça uma auditoria nos gastos da União com as passeatas organizadas por motociclistas, que contaram com a participação do presidente Jair Bolsonaro.

Randolfe Rodrigues disse, durante a audiência de hoje (23), que apresentará um requerimento pedindo a prorrogação dos trabalhos da CPI, que foi instalada em 27 de abril com prazo prorrogável de 90 dias. A CPI voltará a se reunir na próxima quinta-feira (24) às 9h30.