Braga Netto foi convocado pelo colegiado no último dia 28 de abril, o que torna sua vinda à comissão obrigatória. O não comparecimento caracteriza crime de responsabilidade. Foto: Reprodução/ Gustavo Sales/Câmara dos Deputados

Na próxima quarta-feira (12), a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados ouve o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, sobre vagas de UTI ociosas nos hospitais das Forças Armadas.

O ministro foi convocado pelo colegiado no último dia 28, o que torna sua vinda à comissão obrigatória. O não comparecimento caracteriza crime de responsabilidade.

O Requerimento de Convocação do ministro (REQ 21/21) foi apresentado pelo deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) e subscrito pelos deputados Elias Vaz (PSB-GO), Orlando Silva (PCdoB-SP), Leo de Brito (PT-AC), Jorge Solla (PT-BA), Marcel van Hattem (Novo-RS), Padre João (PT-MG), Vanderlei Macris (PSDB-SP) e Tiago Mitraud (Novo-MG).

“Conforme narrado pela imprensa, os hospitais de uso exclusivo das Forças Armadas estão com leitos de UTI com capacidade ociosa“, afirma Kataguiri no requerimento, acrescentando que o maior problema da atual pandemia, além da vacinação, é justamente conseguir um leito de UTI.

“A falta de leitos de UTI pode gerar o temido colapso no sistema de saúde, pondo milhares de vidas em risco. Nesse contexto, é inadmissível que as Forças Armadas tenham, em seus hospitais, leitos ociosos, enquanto pessoas morrem nos demais hospitais por falta de leito“, criticou Kataguiri..

Na semana passada, em audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, o ministro disse que, desde o início da pandemia, as Forças Armadas estiveram “na primeira linha de combate” à Covid-19, oferecendo apoio de saúde e logística. Entre as ações desenvolvidas pelos militares, Braga Netto citou o transporte de vacinas e materiais, incluindo 7,5 mil cilindros de oxigênio, o fornecimento e manutenção de respiradores e a atuação na vacinação de quase 200 mil indígenas.

Fonte: Câmara dos Deputados