Pazuello firmou que esperava que pudesse conversar mais sobre decisões no ministério com os filhos do Presidente da República: Flávio, Eduardo e Carlos. Foto: Reprodução/ Senado Federal

Nesta quarta-feira (19), o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, depõe à CPI da Pandemia no Senado Federal.

Apesar de ter direito a ficar em silêncio, após a concessão do  habeas corpus dado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, Pazuello salientou durante os questionamentos feito pelo relator da CPI da Pandemia, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que responderá a todas as perguntas.

Renan Calheiros, questionou ao ex-ministro da Saúde, sobre a atuação do empresário Carlos Wizard no ministério e sua influência em uma possível indicação de “tratamento precoce” com cloroquina. Sobre encontros com “médicos independentes” citados por Wizard, Pazuello destacou que só se reuniu com eles uma vez e que não gostou da ”dinâmica da conversa”.

Sobre o medicamento, Pazuello disse que Ministério da Saúde publicou nota informativa seguindo orientação do CFM, para que, se o médico resolvesse prescrever os medicamentos off-label, tivesse atenção à dosagem de segurança.

Questionado sobre a influência dos filhos de Bolsonaro no ministério, Pazuello negou qualquer participação deles em decisões da pasta, mas afirmou que esperava que pudesse conversar mais com Flávio, Eduardo e Carlos.

Pazuello foi o terceiro ministro da saúde durante o Governo de Jair Bolsonaro e o que ficou mais tempo à frente da pasta durante o período da pandemia, no total 10 meses, do dia 16 de maio de 2020 até dia 23 de março de 2021.

Com informações do Senado Federal