É é a primeira vez desde 1985, quando chegou ao fim a Ditadura Militar iniciada em 1964, que os dirigentes das Forças Armadas deixam o cargo ao mesmo tempo. Foto: José Dias/PR.

Os comandantes do Exército, Edson Pujol, da Marinha, Ilques Barbosa, e da Aeronáutica, Antônio Carlos Moretti Bermudez, pediram renúncia coletiva nesta terça-feira (30) por discordar do presidente da República, Jair Bolsonaro.

O anúncio foi feito pelo Ministério da Defesa. A curta nota não apontou o motivo das renúncias. O texto disse apenas que os comandantes “serão substituídos” e que a decisão dos militares foi comunicada nesta terça.

As renúncias ocorrem um dia depois de Fernando Azevedo, agora ex-ministro da Defesa, ser demitido. Azevedo funcionava como pivô entre as alas militares no governo e sua saída inesperada gerou mal-estar entre os comandantes das Forças Armadas.

A demissão sumária do ministro ocorreu porque Bolsonaro cobrava manifestações políticas favoráveis a interesses do governo e apoio à ideia de decretar estado de defesa para impedir lockdowns no país.

Essa é a primeira vez desde 1985, quando chegou ao fim a ditadura militar iniciada em 1964, que os comandantes do Exército, Aeronáutica e Marinha deixam o cargo ao mesmo tempo, sem ser em troca de governo.

Fonte: site ConJur.