Pazuello sugeriu que fosse analisado o comportamento da pandemia a partir do fim das campanhas nas cidades. Foto: Marcos Corrêa/PR

Para o ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, será importante observar os dados epidemiológicos sobre a COVID-19 no atual momento, passadas as Eleições Municipais de novembro.

Para ele, caso a campanha eleitoral, com dois meses de duração, durante a qual houve grande contato entre as pessoas, não tenha como resultado um aumento expressivo nas contaminações e mortes por COVID-19, não haverá motivo para estabelecer novas medidas de distanciamento social.

Esse raciocínio foi oferecido por Pazuello na reunião nesta última quarta-feira (02), da comissão mista que acompanha as ações do Governo Federal no enfrentamento à pandemia de COVID-19, em resposta a questionamento do deputado Felício Laterça (PSL/RJ), que quis saber o posicionamento do ministro sobre a atual politica do governo em relação à pandemia.

“Há, por exemplo, países que advogam contra o isolamento e a favor da imunidade de rebanho; outros já defendem quarentenas rigorosas; e há também nações que entendem que uma testagem constante, em conjunto com medidas sanitárias equilibradas, pode funcionar como alternativa”, exemplificou o parlamentar.

Foi então que Pazuello sugeriu que fosse analisado o comportamento da pandemia a partir do fim das campanhas nas cidades.

“Se todo o processo eleitoral dos municípios, com todas as campanhas, aglomerações e eventos, se isso não causa nenhum tipo de aumento de contaminação no nosso país, então, não se fala mais em afastamento social, nós podemos falar em outra coisa. Mas algum reflexo tem que ter tido. Se esse vírus se propaga por aglomeração, por contato pessoal, por aerossóis, e nós tivemos a maior campanha democrática que poderia haver no nosso país, que é a municipal, nos últimos dois meses, se isso não trouxe nenhum tipo de incremento ou aumento em contaminação, nós não podemos falar mais em lockdown nem nada. É claro que há uma mudança de fluxo, de linha, de senoide: ela sobe. Coisas acontecem, e ela sobe. Coisas acontecem, e ela cai. Isso é observação e conhecimento”, afirmou o ministro.

Fonte: Senado Federal