Dias após ofício ser enviado à Fiocruz, Fux defendeu a reserva de vacinas. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, exonerou o médico Marco Polo Dias Freitas, secretário de Serviços Integrados de Saúde da Corte. A decisão foi tomada depois que Freitas solicitou à Fiocruz que 7.000 doses de vacinas contra a COVID-19 fossem reservadas para ministros e servidores do STF. A exoneração, assinada por Fux neste último domingo (27), vale a partir desta segunda-feira (28).

A reserva já havia sido negada pela Fiocruz, que informou não ter autonomia “nem para dedicar parte da produção” para a imunização de seus próprios servidores. Também disse que todas as vacinas serão destinadas ao Ministério da Saúde.

No último dia 23, dias após ofício ser enviado à Fiocruz, Fux defendeu a reserva de vacinas, em entrevista à TV Justiça.

“Nós, por exemplo, fizemos um pedido de toda forma delicada, ética, um pedido, dentro das possibilidades, que quando todas as prioridades forem cumpridas, de que também os tribunais superiores – que precisam trabalhar em prol da Covid – tenham meios pra trabalhar. E para isso precisa vacinar. Não adianta vacinar os ministros e não vacinar os servidores. A difusão da doença seria exatamente a mesma”, afirmou na ocasião.

Nesta segunda-feira (28), no entanto, o ministro disse que ao defender a reserva, não sabia da existência do ofício encaminhado à Fiocruz e que não pediu que os ministros e servidores da Corte fossem priorizados.

A Secretaria de Serviços Integrados de Saúde, que era comandada por Freitas, ficaria responsável pela realização da campanha de vacinação no Supremo. O secretário era médico clínico do STF desde 2009 e assumiu a secretaria em agosto de 2014.

Fonte: Conjur