Vitor Valim, candidato em Caucaia, mostrou áudios sobre possíveis ameaças e insinuou que outra chapa teria “bandidos” e “assassinos”. Foto: Reprodução/Facebook.

O candidato a prefeito de Fortaleza, Capitão Wagner (PROS), durante algumas visitas a bairros que realizou nesta semana, fez uso de coletes à prova de balas. De acordo com o postulante, a medida foi necessária devido a ameaças que vem sofrendo durante a campanha. Outros postulantes também denunciam que estão sendo ameaçados por pessoas que teriam envolvimento com facções criminosas.

Embora ser ter sido ameaçada, na semana passada uma atividade de campanha da candidata Luizianne Lins (PT) sofreu represálias e algumas militantes teriam sido atingidos. A Justiça Eleitoral, segundo aliados da candidata, não teria sido comunicada, assim como a questão não chegou ao setor da Segurança do Estado.

Wagner, por exemplo, afirmou que tentaram impedir sua entrada no bairro Lagamar, o que fez com que ele tivesse que usar o colete em demais eventos, como em carreatas. O postulante disse que as ameaças já vêm acontecendo há algum tempo, e que por isso é preciso ter precaução com sua segurança.

Outros candidatos também relatam ameaças que estariam sofrendo por grupos criminosos durante a campanha eleitoral deste ano no Estado. Na semana passada, o candidato a prefeito de Caucaia, Vitor Valim (PROS), postou vídeo nas redes sociais afirmando que voltou a receber ameaças de morte.

Antes da campanha, o republicano precisou interromper uma atividade no Município após tiros serem disparados no local em que ele estava. De acordo com Valim, desta vez estão compartilhando áudios em que ele e seus apoiadores são ameaçados.

“É bala no Vitor Valim, bala nos vereador que apoiar ele, bala pra quem votar nele”, diz um dos áudios. Em vídeo publicado nas redes sociais, o postulante diz que este tipo de ameaça acontece por ele não ter chefe ou patrão e por isso “estão querendo atingir nossos eleitores e ativistas”.

Valim chega a insinuar que outro candidato em Caucaia teria envolvimento com “bandidos e assassinos”. “Todo mundo sabe qual é a chapa que temos aqui que tem assassino e bandido e a qual tem patrão. Aqui não”.

Facções criminosas

Também na semana passada, o apresentador de programas policiais e vereador de Fortaleza, Evaldo Costa (PDT), afirmou estar impedido de realizar atividade de campanha em determinadas regiões da cidade por estar sofrendo ameaças de facções criminosas.

Segundo confessou a seus pares na Câmara Municipal, existem diversos boletins de ocorrência feitos por ele por conta das ameaças que vêm recebendo. Por conta disso, Costa pretende focar sua atuação na campanha eleitoral através das redes sociais.