Este é o primeiro confronto entre as candidaturas de Luizianne Lins e Sarto. Foto: Divulgação.

O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou, na tarde desta sexta-feira (25), pesquisa que mostra o desempenho dos candidatos a prefeito de Fortaleza no pleito deste ano. No entanto, o Partido Democrático Trabalhista (PDT) questionou, na Justiça Eleitoral, a metodologia utilizada pela sigla petista, que dentre outras coisas, não apresenta o nome de Ciro Gomes como potencial influenciador no pleito deste ano na Capital cearense.

Para a coligação encabeçada pelo candidato do Governo/Sarto (PDT), a  pesquisa encomendada pelo PT ao Instituto Zaytec Brasil sobre as eleições em Fortaleza tem uma “pegadinha”. Isso porque no clássico questionamento sobre os influenciadores de voto, não foram incluídos os nomes do atual prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio; e o candidato à Presidência da República mais votado na Capital nas eleições de 2018, Ciro Gomes.

Para a coligação governista, a não inclusão desses nomes pode gerar a invalidação da pesquisa, já que a Justiça foi acionada e determinou que as partes sejam ouvidas para explicar as razões que levaram a ausência dos nomes no questionário, o que acreditam os governistas, pode induzir o eleitor ao erro.

Esse é o primeiro embate frontal entre a candidatura de Sarto, do PDT, e a postulação de Luizianne Lins, do PT, partido que solicitou a realização da pesquisa.

Representantes dos dois candidatos tinham acertado, em reuniões realizadas com o governador Camilo Santana, que os dois postulantes não se enfrentariam durante o primeiro turno do pleito, visando uma eventual aliança no segundo turno das eleições, o que pode se tornar inviável, se o tom durante a campanha, que começa oficialmente domingo (27), ultrapassar os limites da tolerância.

 

Camilo, Cid, Lula, Eunício e Bolsonaro são citados como os influenciadores. Foto: Reprodução/Pesquisa.

 

A pesquisa solicitada pelo PT à empresa Zaytec Brasil foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) no dia 19 de setembro, com numeração 00921/2020, ao custo de R$ 42 mil. “Para o levantamento, foram realizadas 1.2 mil entrevistas, com uma margem de erro de 2,8% e nível de confiança de 95%”, segundo o órgão.

O PT divulgou uma primeira amostragem que apresentava Capitão Wagner, do PROS, com 34,3% das intenções de votos dos fortalezenses sendo seguido por Luizianne Lins com 25,2%, e Heitor Férrer (SD), com 5,8%. Sarto aparecia na quarta posição, com 4,3%, e Célio Studart (PV), com 2,1%. Renato Roseno, do PSOL, era lembrado por 2% do eleitorado e Samuel Braga (Patriota) por 0,8%.

Intenção de votos da pesquisa estimulada do dia 14 de setembro.

 

No entanto, o PT encaminhou nota à imprensa dando conta de erro nos números apresentados inicialmente. Na nova amostragem, houve alterações na pontuação dos candidatos. Capitão Wagner aparece com  35,1%; Luizianne Lins com 23,2%; Heitor Ferrer com 7,1% 4 e Sarto 5,1%. O erro se deu porque o PT fez duas pesquisas para Fortaleza, nos dias 14 e 23 de setembro. Os dados divulgados anteriormente eram os da primeira sondagem.

De acordo com as duas pesquisas, a petista oscilou negativamente de 25,2% para 23,2%. Além dela, Samuel Braga foi de 0,8% para 0,4%.

Intenção de votos da pesquisa estimulada do dia 23 de setembro.

A pesquisa avaliou ainda o partido político de preferência dos fortalezenses. O PT aparece com 27%, em seguida vem  PROS (4%), PDT (2,9%) e PSL (2,5%). Os dados que provocaram o pedido de impugnação do PDT dizem respeito aos políticos influenciadores do voto.

De acordo com a pesquisa, 38,6% dos eleitores se disseram indiferentes ao candidato indicado pelo Senador Cid Gomes (PDT). Quando o nome perguntado é o do ex-presidente Lula, 45,5% dos entrevistados afirmam “aumentar sua vontade de votar no candidato”. Com o nome do presidente Jair Bolsonaro, 44,2% dizem que “diminui a sua vontade de votar no candidato”.