Presidente voltou a criticar as medidas para conter a propagação do coronavírus. Foto: Divulgação/Palácio do Planalto.

O presidente Jair Bolsonaro, na noite desta quinta-feira (30), durante live semanal transmitida pelo Facebook, voltou a defender a nomeação de Alexandre Ramagem para diretor-geral da Polícia Federal e fez um apelo para que o Supremo Tribunal Federal (STF) reveja a decisão do ministro Alexandre de Moraes que suspendeu a nomeação e posse do delegado no cargo.

“Eu faço um apelo ao ministro do STF, aos demais ministros, não é por mim, é pela vida pregressa desse homem, pelo seu passado, por tudo aquilo que ele já fez pela pátria, no combate à corrupção, no combate à criminalidade , que reveja essa situação para que ele possa assumir”, disse o presidente, depois de ler um currículo de Ramagem na transmissão.

Na manhã de quarta-feira (29), o ministro Alexandre de Moraes decidiu suspender o decreto de nomeação e a posse de Alexandre Ramagem no cargo. Na decisão, o ministro citou declarações do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, que ao deixar o cargo na sexta-feira (24) acusou o presidente Jair Bolsonaro de interferir politicamente na PF.

Ramagem é amigo da família do presidente e atuou em sua segurança pessoal, após a vitória no segundo turno das eleições presidenciais.

Fim do isolamento social

O presidente Bolsonaro, ainda na transmissão, lamentou que “grande parte da população” esteja proibida de trabalhar, por causa do isolamento social e do fechamento do comércio em função da pandemia da Covid-19. Ele voltou criticar a adoção dessas medidas e avaliou que elas não fizeram efeito na contenção da curva de contaminação.

“Eu já disse, 70% da população vai ser infectada [pelo novo coronavírus]. Pelo que parece, pelo que estamos vendo agora, todo o empenho para achatar a curva praticamente foi inútil. Agora, efeito colateral disso: desemprego. O povo quer voltar a trabalhar. Todo mundo sabe que, quanto mais jovem, menos problemas tem de ter uma consequência danosa em sendo infectado pelo vírus”, afirmou Bolsonaro durante sua live.

Medidas de isolamento social, como fechamento de comércio não essencial, suspensão de aulas presenciais e aglomerações, estão entres as principais ações defendidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotadas por autoridades sanitárias de vários países, como forma de conter o avanço da Covid-19.

O Brasil contabiliza mais de 85,3 mil casos oficiais notificados e quase 6 mil mortes pela novo coronavírus, segundo atualização mais recente do Ministério da Saúde.

Com informações da Agência Brasil.