Delegado Cavalcante acredita que foi vítima de retaliação pelo posicionamento dele em favor dos policiais durante a crise na segurança pública do Estado. Foto: Blog do Edison Silva.

Em meio a reclamações do que chamou de “manobras contra o Governo Federal”, o deputado estadual Delegado Cavalcante (PSL) demonstrou mágoa por não ter sido reeleito presidente da Comissão de Defesa Social da Assembleia Legislativa do Ceará.

“Nós tínhamos um acordo entre cavalheiros para ser dois anos o mandato e interromperam meu mandato com 1 ano”, afirmou, dando a entender que foi retaliado pela defesa do governo Bolsonaro e pelo posicionamento a favor dos policiais militares, que estão paralisados há mais de 10 dias no Estado. A declaração foi dada em entrevista ao Blog do Edison Silva quando Cavalcante cobrou um novo modelo de segurança pública nacional e afirmou que insatisfação da polícia não é fato isolado no Ceará.

Sem retaliação

Questionado sobre a fala do colega, o novo presidente da comissão, deputado Leonardo Araújo (MDB), negou quaisquer acusações de retaliação. Ele afirmou que a disputa pelo cargo foi iniciativa própria, sem indicação alguma da Casa ou mesmo do governo.

“Nós temos direito a nos candidatar, votar e sermos votados. E, no caso em espécie da Defesa Social, eu me senti legitimado a ser candidato, até porque o MDB não tinha ficado, até o presente momento, com a presidência de nenhuma outra comissão, e é o partido hoje com a segunda maior bancada nesta Casa, com seis deputados. Me senti no direito e pleitear essa vaga e concorrer, dentro da legitimidade. Se os colegas assim confiaram e nos deram essa oportunidade, nós estaremos dispostos a trabalhar pela sociedade”, afirmou o parlamentar ao Blog.