Mesa diretora da sessão extraordinária da Assembleia, neste sábado (29), para votar a PEC da não anistia. Foto: Blog do Edison Silva

Deputados estaduais cearenses começaram a discutir, neste sábado (29), em caráter extraordinário, a proposta de emenda à Constituição estadual, proposta pelo governador Camilo Santana, para impedir a concessão de anistia a policiais do Estado, que participem de qualquer movimento paredista, como o que está ocorrendo atualmente, quando alguns militares estão amotinados em quarteis da Capital e no Interior. Antes de encaminhar a proposta de emenda à Constituição, Camilo Santana já havia afirmado, em várias oportunidades, que não daria a anistia a nenhum dos militares amotinados.

O movimento de parte dos policiais cearenses já dura mais de dez dias e tem chamado a atenção do Governo Federal e dos governadores estaduais. Além do socorro da Força Nacional, o Ceará conta hoje com miliares das forças armadas dando suporte à segurança da população, suprindo a falta do trabalho dos amotinados. O senador Major Olimpio (PSL/SP), como um dos políticos que tentaram uma conciliação, foi um dos que também protestaram contra a manifestação do grupo rebelde da Polícia cearense.

Segundo o Major Olimpio, os amotinados cearenses estavam agindo não como policiais que reivindicavam melhoria salarial, mas como marginais.  Hoje (29), na coluna Política do jornal O Estado de S. Paulo, o senador voltou a criticar o movimento de policiais cearenses, garantindo que não emprestará apoio a qualquer projeto no Congresso Nacional de anistia para beneficiar os amotinados cearenses.