Deputado Guilherme Landim mostrou-se preocupado com os custos da água para a população cearense. Foto: Robério Lessa/ Blog do Edison Silva.

Com as águas da transposição do Rio São Francisco cada vez mais próximas de chegarem ao Ceará, o valor que a população cearense pagará por ela tem se tornado uma preocupação.

Presidente da Comissão Especial de Acompanhamento das Obras da Transposição do Rio São Francisco, o deputado estadual Guilherme Landim (PDT) conversou com o Blog do Edison Silva e ponderou que, a partir da chegada dessas águas ao Castanhão, o que deve ocorrer ao final do primeiro semestre deste ano, iniciará um debate entre o Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR) e o Governo do Estado sobre o custo que a água terá para o consumidor final. “Essa é uma das nossas grandes preocupações, por isso que os trabalhos da Comissão voltarão a acontecer a partir de fevereiro, porque muitas outras discussões serão feitas”, explicou o deputado.

O parlamentar adianta que os valores pagos pela água serão apenas parte das discussões da comissão durante o ano de 2020. “Discutiremos esse custo, além de obras complementares que não foram construídas em vários municípios e também a situação das vilas produtivas rurais”, explicou. As vilas são, segundo o deputado, assentamentos em que foram realocadas pessoas que tiveram suas propriedades indenizadas. “Esses locais têm muitos problemas estruturais, que precisam ser resolvidos com o Ministério. Será ainda um ano de grande trabalho em relação à essas questões”, concluiu.

O que falta

Guilherme comentou também dos prazos que devem ser seguidos a partir deste momento. Ele confirmou que o reservatório de Milagres/PE, o último antes da chegada da água ao Ceará, já iniciou o recebimento do líquido e, possivelmente no mês de março, essas águas devem chegar ao reservatório de Jati/CE. “Estamos em fase final de execução de algumas passagens por baixo da BR-116 e acreditamos que, ao longo desses três meses, essas obras terminem e que, de fato, as águas possam chegar ao reservatório de Jati”, explicou.

Cinturão das Águas

Após chegarem ao estado pelo reservatório em Jati, as águas terão que percorrer o Cinturão das Águas do Ceará (CAC) para chegarem ao Castanhão e, assim, poderem abastecer todo o Estado. Guilherme explica que o CAC segue em obras em seu trecho emergencial. “Ainda faltam algumas obras complementares. O Ministério enviou recursos no final do ano passado e, com isso, a Secretaria de Recursos Hídricos pôde retomar as obras. Acreditamos e vamos torcer e continuar cobrando para que possam seguir esse cronograma, para as águas chegarem ainda no final desse semestre no Castanhão”, concluiu.