Para Dra. Silvana, o decreto cria fatos e funções novas, que confrontam diretamente o Plano Estadual de Educação. Foto: ALECE.

A deputada Dra. Silvana (PL) cobrou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (4), que o governador Camilo Santana reveja decreto do Poder Executivo, no âmbito da Coordenadoria de Diversidade e Inclusão Educacional.

Segundo a parlamentar, o decreto 33.376, de 2 de dezembro de 2019, insere a questão da ideologia de gênero no currículo escolar, indo de encontro ao que foi estabelecido pelo Plano Estadual de Educação, que exclui o tema. “Nós fomos vitoriosos na votação do Plano de Educação nesta Casa, quando retiramos dele toda e qualquer menção à ideologia de gênero, e em nível federal essa questão também foi pacificada, com o ministro da Educação, Abraham Weintraub”, salientou.

Para a deputada, o decreto cria fatos e funções novas, que confrontam diretamente o Plano Estadual de Educação. “Nós não podemos permitir isso, pois vai inquietar toda a sociedade. Nós não fazemos guerra com ninguém, e queremos que todas as pessoas sejam respeitadas independente de suas opções sexuais”, ressaltou.

Integrante da base de apoio de Camilo, a parlamentar comunicou que pretende entrar em contato com o secretário-chefe da Casa Civil do Estado, Élcio Batista, para explicações sobre o que aconteceu. “Precisamos do reconhecimento do Poder Executivo do equívoco cometido, e que eles recuem e corrijam este decreto governamental”, pontuou.

Fibromialgia

Silvana voltou à tribuna no tempo de liderança, para tratar da doença chamada fibromialgia. Ela informou que dará entrada com um projeto de lei, criando a Semana de Conscientização e de Luta pelos pacientes portadores de fibromialgia.

A parlamentar sugeriu também a realização de uma audiência pública para discutir o tema. “Precisamos encampar a luta pelos portadores desta doença, que foi desconhecida por muito tempo e hoje, felizmente, é uma patologia mais estudada e compreendida”, salientou. Segundo Dra. Silvana, a doença representa um grande martírio para os seus portadores. “Os pacientes não podem fazer pequenos movimentos repetidos, ficando parados por muito tempo. E quero ser uma grande bandeira dessa luta”, assinalou.