Deputada cobra respeito às religiões. Foto: Assembleia Legislativa.

No primeiro dia útil após o Carnaval, a Assembleia Legislativa cearense fez uma bem movimentada sessão ordinária, inclusive com votações, mas foram as escolas de samba do Rio de Janeiro e de São Paulo o centro das discussões. O presidente da Casa, deputado José Sarto (PDT), foi um dos primeiros a chegar no plenário, na manhã de ontem, juntamente com o primeiro secretário, deputado Evandro Leitão (PDT). A sessão, para surpresa geral, começou com 20 deputados presentes.

O deputado Acrísio Sena (PT) foi o primeiro orador a criticar as manifestações do presidente Jair Bolsonaro (PSL), na Internet, no dia anterior, publicando um vídeo considerado agressivo à sociedade brasileira, pois tratava sobre sexo entre dois personagens masculinas. Obteve a concordância de todos os que se manifestaram sobre as festas carnavalescas. Mas houve quem reclamasse do petista pelo fato de ele não ter protestado contra as escolas de samba do Rio de Janeiro e São Paulo, que apresentaram cenas consideradas ofensivas às religiões católicas e evangélicas.

Os deputados Delegado Cavalcante (PSL), Walter Cavalcante (MDB) e Silvana Oliveira (PR), da tribuna protestaram veementemente contra o que denominaram de crime contra os brasileiros que acreditam em Deus. Delegado Cavalcante leu uma nota de repúdio e Silvana acabou sugerindo que as escolas de samba, no próximo ano, façam homenagens em seus desfiles ao profeta “Maomé”. Segundo ela, os carnavalescos vilipendiam com Deus por que sabem que católicos e evangélicos são pessoas pacíficas.