O governador Camilo Santana e o ministro Sérgio Moro, entre os secretários Mauro Albuquerque (Presídios) e André Costa (Segurança), no gabinete de Moro, em Brasília, na manhã de hoje. O general Guilherme Theophilo, Secretário de Segurança Nacional, a quem o problema do Ceará deveria estar ligado, estava ausente.
O governador Camilo Santana publicou, nas redes sociais, no início da tarde desta quinta-feira (17), uma foto com a informação de que havia participado “há pouco, em Brasília, de reunião com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Tratamos sobre as ações para combater o crime no Ceará e a importância da parceria entre estados, municípios e Governo Federal nesse enfrentamento. Os secretários André Costa (Segurança) e Mauro Albuquerque (Administração Penitenciária) também participaram da audiência”. O Secretário Nacional de Segurança Pública, general Guilherme Theophilo, a quem a questão diretamente deveria estar ligada, ficou de fora.
O general Guilherme Theophilo, mesmo exercendo o importante cargo na estrutura da Segurança do Governo do Presidente Bolsonaro, tem residência fixa em Fortaleza, desde quando foi lançado como candidato a governador do Ceará. Não tinha razão para não ser o elo do Governo do Ceará com o Governo Federal, não fosse a sua manifestação, de cunho político, no primeiro dia dos ataques que vêm apavorando a população cearense, ao longo das duas últimas semanas. Perdeu, assim, uma grande oportunidade de ser útil ao Ceará, no momento de maior tensão no Estado, embora o ministro Sérgio Moro, segundo o próprio Camilo, esteja dispensando a atenção que o Ceará merece.
Na conversa de hoje, o governador voltou a pedir ao ministro, como ele afirmou no dia anterior em entrevista à GloboNews, mais homens para dar segurança aos próprios da União, como viadutos em rodovias federais, porto, aeroporto e prédios, para permitir liberar os policiais locais na guarda dos bens estaduais e municipais, além do patrulhamento ostensivo. Camilo, na entrevista referida, voltou a reclamar a ação federal, nas áreas do Executivo e do Legislativo. Neste, para mudar a legislação penal, endurecendo as penas e tipificando os crimes de terrorismo. Da parte do Executivo ele quer maior combate aos tráficos de arma e de droga, além de uma melhor atenção à questão social, incluindo a educação de tempo integral.
Além de destacar o compromisso do ministro Sérgio Moro, com quem tem falado frequentemente, o governador ressaltou seus contatos com o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, assim como o próprio presidente Jair Bolsonaro, com quem falou ao telefone.
Foto: Instagram/Camilo Santana.
