No próximo mês termina a atual legislatura, iniciada em fevereiro de 2015, embora os mandatos dos deputados só fiquem cerrados no dia 31 de janeiro. Vários parlamentares não conseguiram reelegerem-se. Outros não disputaram um novo mandato. Todos esses, porém, querem deixar a Assembleia Legislativa com os projetos que apresentaram, ao longo do últimos quatro anos, votados no plenário.

Na sessão desta quarta-feira, alguns destacaram suas proposições que continuam “dormindo nas comissões técnicas”, apelando para que fossem encaminhadas ao plenário,   sob a alegação de que se não foram votadas agora, com a presença de seus autores na Assembleia, na próxima legislatura é que não serão votadas mesmo. Até mesmo os que conquistaram mais um mandato, portanto estarão no Legislativo estadual por mais quatro anos, reforçaram o argumento daqueles que a partir de fevereiro estarão fora.

Estranho, mas as proposições dos deputados ficam sempre em segundo plano em relação aos projetos do Poder Executivo, do Poder Judiciário, do Tribunal de Contas, do Ministério Público e da Defensoria Pública. Com algumas exceções, todos as matérias para estes encaminhadas à Assembleia, logo são votadas. Tem delas que sequer demoram uma semana para serem aprovadas.

Essa discussão, começou na sessão desta quarta-feira da Assembleia por conta do pedido do deputado Gony Arruda, um dos que não voltarão ao Legislativo, no próximo ano, para a colocação, em pauta, do projeto que permite a venda de bebidas nos estádios do Ceará, de sua autoria, há alguns anos em discussão na Casa. Há resistências quanto à sua aprovação, principalmente depois da constatação que houve atropelo na sua tramitação nas comissões técnicas da Casa.

Foto: Agência Assembleia.