Reitoria da Universiadade Federal do Ceará – UFC em Fortaleza. Foto: UFC/Divulgação.

O Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (ADUFC) instala nesta segunda-feira (15), pela manhã, o comando de greve nos jardins da reitoria da UFC, em Fortaleza como sinal do início da paralisação nas três universidades federais cearenses (UFC, UFCA e UNILAB), conforme deliberado na Assembleia Geral da categoria, em 9 de abril, e segue o encaminhamento coletivo das seções sindicais do ANDES-SN.

A paralisação é resultado de plebiscito consultivo realizado pela ADUFC, que apontou 80% de aprovação docente à construção da greve como instrumento de luta da categoria, por melhores condições de trabalho e pela recomposição do orçamento das universidades.

A ADUFC informa que participará da marcha a Brasília para a mobilização nacional que ocorre quarta-feira (17). O último Boletim Informativo da entidade traz atualizações sobre a última rodada de negociações com o governo e da reunião do setor das IFES do ANDES-SN, na quarta-feira (11), quando o governo reafirmou o reajuste de 0% para 2024 e os docentes ratificaram a greve geral para iniciar nesta segunda (15), além da nota técnica da Assessoria Jurídica do ANDES sobre a atuação de docentes substitutos, em estágio probatório e visitantes durante a greve.

Desde julho do ano passado, quando foi instalada a Mesa Nacional de Negociação Permanente com o governo federal, entidades sindicais aguardam uma posição sobre o reajuste salarial para 2024. Após meses de reuniões evasivas e sem avanços com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, a pauta veio à tona durante o 42º Congresso do ANDES-SN, em Fortaleza, que decidiu, em 28 de fevereiro, pela construção de uma greve do Sindicato Nacional. A decisão foi votada diante da frustração com mais uma rodada de negociação com o Palácio do Planalto, ocorrida no mesmo dia.
Além de reposição salarial para minorar as perdas decorrentes da inflação dos últimos anos, docentes reivindicam equiparação dos benefícios entre servidores dos três Poderes, recomposição do orçamento das universidades, melhores condições de trabalho, reestruturação da carreira docente e revogação de medidas que atacam os servidores, aprovadas durante os governos Temer e Bolsonaro.

O informativo traz ainda a cobertura do debate promovido pela ADUFC na quarta (10) lembrando os 60 anos do golpe militar, dentre outros informes.

Com informações da Adufc.