Luizianne Lins se ausentou, Dayany votou pela manutenção da prisão e Fernanda Pessoa contra. Foto: Câmara dos Deputados

O resultado da votação na Câmara Federal sobre a manutenção da prisão do deputado federal Chiquinho Brazão, acusado de mandar matar a ex-vereadora Marielle Franco, trouxe algumas surpresas para o eleitorado cearense. Isso, porque alguns parlamentares se abstiveram da votação, outros faltaram e tiveram aqueles que tentaram livrar o colega, sob a argumentação de defesa da Constituição Federal.

O principal argumento daqueles que foram contra a manutenção da prisão diz respeito ao fato de Brazão não ter sido preso em flagrante delito, já que essa seria uma das prerrogativas para a detenção do parlamentar, segundo a Carta Magna. Diante disso, parlamentares bolsonaristas resolveram dar uma outra chance ao colega de bancada. Votaram a favor do deputado federal preso: André Fernandes (PL), Dr. Jaziel (PL), Júnior Mano (PL), Danilo Forte (UB) e Fernanda Pessoa (UB).

Aliás, o voto de Pessoa pegou a muitos de surpresa, uma vez que achava-se que todas as parlamentares cearenses se colocariam favoráveis à prisão do mandante do assassinato de uma mulher. No entanto, Fernanda resolveu atender a orientação do União Brasil, seu partido, que orientou que seus membros se colocassem contrários à manutenção da detenção de Brazão.

Dayany Bittencourt, por outro lado, resolveu ir de encontro ao que indicou seu partido, e votou pela permanência de Brazão na cadeia. A parlamentar cearense chegou a ser hostilizada em grupos de whatsapp do União Brasil, o que foi repudiado por seu marido, o presidente estadual do partido no Ceará, Capitão Wagner.

Prisão

Outra surpresa foi a ausência da deputada federal Luizianne Lins, do Partido dos Trabalhadores (PT). Feminista  e defensora das causas das mulheres, a parlamentar não votou, o que gerou questionamentos nas redes sociais. Em resposta, a petista afirmou que estava de licença de uma semana por motivos de saúde, e por isso não foi até à Câmara Federal para registrar sua presença e votar.

Outros nomes ausentes foram os de Eduardo Bismarck (PDT), Matheus Noronha (PL) e Moses Rodrigues (UB). Se abstiveram os deputados federais AJ Albuquerque (PP) e Eunício Oliveira (MDB). Além de Dayany Bittencourt, também foram favoráveis à prisão de Brazão os seguintes parlamentares: Célio Studart (PSD), André Figueiredo (PDT), Domingos Neto (PSD), Guimarães (PT), Idilvan (PDT), Yury do Paredão (MDB), Leônidas Cristino (PDT), Mauro Filho  (PDT), Luiz Gastão (PSD).