Guilherme Bismarck disse corroborar com ideias apresentadas pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Foto: ALCE

Mais uma vez, as mudanças no processo eleitoral brasileiro voltaram a ser tema de debate na Assembleia Legislativa do Ceará, na manhã desta terça-feira (05). O assunto foi abordado pelo deputado Guilherme Bismarck (PDT), que defendeu o fim da reeleição e aumento dos mandatos, a exemplo do que tem defendido o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

“O tema que me traz aqui é um tema que está na pauta nacional, principalmente, nas mãos do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Ele colocou como meta do Senado a Reforma Política, com o fim da reeleição, o mandato de cinco anos e outros temas”, iniciou o pedetistas.

Conforme informou, muitos membros da classe política são favoráveis à uma reforma política, pelo benefício que dará à sociedade. “Temos eleições ano sim e ano não. O ano que não tem eleição é de pré-eleição e isso gera tensionamento todos os anos. Essa intercalação de eleições causa tensionamento municipal, estadual e nacional. E acaba que um prefeito tem tensionamento político todos os anos. A cada dois anos ele é avaliado sem poder fazer projetos”.

Segundo ele, a todo momento as bases ficam tensionadas devido a eleição política. O parlamentar citou alguns “fenômenos”, como cassação de prefeito pela Câmara Municipal, ações judiciais, que conforme disse, são causadas pelas tensões em anos pré-eleitorais. “Por isso, eu defendo, de imediato, emendar eleições. Ou fazer como nos Estados Unidos, um ano de eleição geral e no ano seguinte, do parlamento”.

Outro ponto defendido por ele é o fim da reeleição, com extensão do mandato para cinco ano, que para ele seria o ideal. “Esses fatos estão sendo aplaudidos pela sociedade. O único capaz de unir as instituições para que possa ser feita a Reforma Política como deve ser feita é o nosso presidente Lula. Que ele possa ficar seis anos e teremos eleição em 2028”.

Corroborando com Bismarck, o deputado Moésio Loiola (PP) destacou que o ideal seria juntar todas as eleições, as gerais e as municipais. Ele também criticou o “entra e sai” de prefeitos, lembrando casos específicos de gestores municipais que passaram dois anos com mandato cassados e retornaram recentemente. Segundo disse, isso apequena a importância dos municípios.