Professores marcharam até a Secretaria de Educação em protesto por reajuste. Foto: Divulgação

Os professores de Fortaleza deram continuidade nesta segunda (05) à paralisação da categoria, iniciada na semana passada. Após uma rodada de negociação com a Prefeitura, os profissionais da educação decidiram em assembleia continuar o movimento até a próxima quarta-feira (07). Hoje, eles marcharam até a sede da Secretaria Municipal de Educação (SME), e reivindicam reajuste e pagamento do piso salarial da categoria.

De acordo com representantes do Sindicato União dos Trabalhadores em Educação de Fortaleza (Sindiute), a gestão propôs reajuste de apenas 4,62%, e por conta disso os profissionais continuar o movimento e manter a pressão junto a Prefeitura.

Na manhã desta segunda-feira, eles realizaram uma marcha da coordenadoria da Coordenadoria de Gestão de Pessoas (Cogep) até a Secretaria Municipal de Educação. Os professores reivindicam um reajuste salarial linear de 10,09%, elevando o piso para R$ 4.580,57, dentre outras demandas. O valor inclui o índice de 3,62% referente a 2024 e outros 7,64%, pendente desde 2017 segundo a categoria.

Segundo informaram, a Prefeitura  propôs reajuste inicial de 3,62% (retroativo a janeiro); um adicional de 0,965% ao percentual, elevando-o para 4,62% a partir de junho. Além disso, a proposição do município previa a incorporação de 5,5% da regência de classe, benefício que equivale hoje a uma gratificação de 20% do salário. Com a proposta, o novo percentual da regência passaria a ser de 14,5%.

Cargos

A categoria argumenta que parte de uma gratificação já recebida e acrescida dentro da proposta de reajuste não significa um reajuste maior, como divulgou o prefeito Sarto. “Os 5,5% referentes à regência não representam um acréscimo salarial, mas sim a transformação de uma bonificação, já percebida nos proventos, em direito garantido”, explica a presidente do sindicato, Ana Cristina Guilherme.

Nesta terça-feira (06), um novo protesto deve ser realizado na sede da Câmara Municipal de Fortaleza para cobrar a recriação dos cargos de técnicos; a revogação da lei que retirou dos novos professores o direito à licença-prêmio e anuênio; e a elevação do teto de contribuição dos aposentados. Na quarta-feira haverá mais uma assembleia para definir os rumos da categoria neste iníico de ano.