O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anuncia Ricardo Lewandowski como ministro da Justiça e Segurança Pública em substituição a Flávio Dino. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O futuro Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, se encontrou com seu antecessor, Flávio Dino, na última terça-feira (23) para discutir a transição da pasta. A nomeação de Lewandowski foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) na segunda-feira (22). A posse do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) está marcada para 1° de fevereiro. Flávio Dino foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ocupar a vaga do Supremo, que ficou disponível em setembro de 2023, após a aposentadoria da ex-ministra Rosa Weber. A cerimônia de posse deve ser realizada em 22 de fevereiro.

Na última terça-feira (23), Dino participou de uma coletiva de imprensa e falou aos jornalistas sobre a transição no ministério, no Palácio da Justiça, em Brasília (DF). Sobre os projetos que o novo ministro dará sequência, Flávio Dino destacou a letalidade policial e o uso das câmaras corporais.

“Nós já tivemos uma diminuição em 2023, depois, no momento próprio, a nova equipe vai apresentar dados da letalidade policial no Rio de Janeiro, por exemplo, que são dados importantes de redução num certo período”, declarou.

Dino destacou ainda a importância do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) como instrumento para fortalecer as ações de prevenção e resolução pacífica de crimes.

Lewandowski já está formando sua equipe e convidou o procurador-geral de justiça do Ministério Público de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo, para assumir a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), área que ele considera prioritária.

“Nós temos um desafio, que é uma preocupação do cidadão comum hoje, que é com a segurança. A criminalidade, o crime organizado, que afeta não apenas as classes mais abastadas, mas também o cidadão comum, o trabalhador”, afirmou.

O ministro ainda declarou otimismo em relação ao futuro do país. “Muitas vezes, os brasileiros são um pouco pessimistas e entendem que as crises são duradouras. São crises que podem, de certa maneira, afetar permanentemente os rumos deste país. Mas, se nós pensarmos bem, nós temos uma constituição extremamente resiliente, ela tem 35 anos e já enfrentou várias crises importantes”, disse.