Guilherme Sampaio é presidente municipal do PT de Fortaleza. Foto: ALCE

O deputado Guilherme Sampaio, presidente do PT Fortaleza, acredita que um eventual ingresso de Cid Gomes nos quadros do Partido dos Trabalhadores depende de amplo debate interno que ainda não aconteceu. Sobre eventual filiação do presidente da Assembleia Legislativa, ele destacou que gestos foram feitos por lideranças petistas e que “a política é feita de gestos”.

Sobre encontro de Lula com o senador Cid Gomes, Guilherme Sampaio avalia apneas como “um gesto de delicadeza político por parte do presidente com o Cid, que é aliado do projeto no Ceará”. De acordo com o petista, isso ocorre no momento em que o líder pedetistas “sofre hostilidades por parte da direção nacional de seu partido”.

“O senador não é uma liderança qualquer e o PT não é um partido qualquer. Obviamente, que uma eventualidade desta natureza seria feita através de um amplo processo complexo de diálogo, de construção, que não se deu até aqui. Se vier a se dar, será através da executiva nacional”. Ainda de acordo com Sampaio, o gesto político de delicadeza de Lula é um “acolhimento” e não necessariamente algo que vá se concretizar como uma filiação partidária.

“Eu acho que o senador Cid deve ser tratado com muito respeito. É um aliado muito importante, uma liderança que tem base de apoiadores. Isso significa que a adesão de Cid a qualquer partido não se daria sem que houvesse um amplo processo de diálogo, que ainda não se deu. O que existe é um justo gesto de delicadeza política a um aliado de nosso projeto”, pontuou.

Sobre um eventual ingresso de Evandro Leitão ao PT, porémm, Guilherme Sampaio destaca que essa discussão já foi objeto de várias manifestações de dirigentes do PT. “Ele é um quadro público que é bem vindo em qualquer partido do campo progressista. Só podemos nos manifestar no momento em que o Evandro concluir sua análise e expressar seu desejo de se filiar ao PT”, disse.

Segundo ele, Evandro Leitão é bem-vindo em qualquer partido do campo da centro-esquerda, “incluindo o PT”. “Ele deve ser tratado com deferência e respeito, como um aliado deve ser tratado. Não houve nenhuma manifestação formal do Evandro sobre seu destino. O que houve foi gesto. E política se faz com gestos”.