Bruno Mesquita se filiou ao PL com apoio de Acilon Gonçalves e Júnior Mano. Foto: Reprodução/Instagram

A renúncia de Acilon Gonçalves da presidência do Partido Liberal (PL), por divergência com a ala bolsonarista da legenda, já está tendo efeito nas casas legislativas. Na manhã desta quarta-feira (22), o vereador Bruno Mesquita anunciou que sairá da agremiação em solidariedade ao ex-dirigente. As vereadoras Ana do Aracapé e Tia Francisca, que são filiadas à sigla, também tendem a deixar os quadros da legenda, o que pode acontecer somente no próximo ano.

Os bolsonaristas Priscila Costa e Inspetor Alberto devem permanecer na legenda. Já o vereador Pedro Matos afirmou que ainda conversará com Acilon Gonçalves, Júnior Mano e Carmelo Neto para tomar uma decisão sobre seu futuro político e partidário. Matos é filho de Raimundo Gomes de Matos, presidente da Funci na gestão Sarto.

Em pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal de Fortaleza, Bruno Mesquita teceu elogios à condução de Acilon Gonçalves à frente do PL Ceará, afirmando ainda que estava ajudando a construir uma chapa do partido para a disputa em Fortaleza. Esse grupo, porém, segundo ele, não contará mais com seu apoio, visto os acontecimentos recentes.

Conforme informou Mesquita, a ideia inicial da chapa era conseguir eleger até sete quadros do PL no pleito de 2024 na Capital cearense. Ele também teceu críticas à condução do deputado federal André Fernandes junto à comissão provisória em Fortaleza, destacando que o parlamentar não se reúne com o partido e que ficou sabendo da sua presidência no Partido Liberal apenas pela imprensa.

“Qualquer partido no Ceará queria ter o Acilon na presidência. Um homem justo, correto, de compromisso, que cumpre a palavra e foi responsável pela chapa do PL que fez quatro deputados estaduais e fez cinco deputados federais, quando a previsão era eleger apenas dois”, disse Mesquita.

Diálogo

Ele afirmou, ainda, que foi para o PL a convite de Acilon Gonçalves, mas que agora abandonou de vez a legenda com a saída do até então dirigente partidário. “Quando fui convidado pelo André Fernandes para conversar, uma única vez, ele perguntou a chapa que eu tinha. Depois disso, nunca mais falou comigo. Eu soube que ele é presidente pela imprensa. Ele não tem nenhum diálogo com o partido”, apontou Mesquita.

“Eu desejo boa sorte ao Carmelo Neto e aviso que no PL, sem o Acilon, mesmo ele ficando, sem o Acilon dirigindo o partido, me perdoe, mas não poderia ficar. Não sei se as vereadoras Ana do Aracapé e Tia Francisca têm o mesmo pensamento que o meu, mas o PL sem o Acilon e um time grande sem um grande jogador”, pontuou o parlamentar.

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