Márcio Martins tem atuado como defensor da proposta do prefeito Sarto para o Réveillon de Fortaleza. Foto: CMFor

Defensor dos festejos de Réveillon de Fortaleza, o vereador Márcio Martins (SD) destacou que, a exemplo do que já acontece no Carnaval de Salvador, a festa de fim de ano na Capital cearense pode dar lucro aos cofres públicos. Segundo ele, o próximo prefeito terá que adotar essa medida e os recursos oriundos das festividades poderão ser repassados para outras ações do Governo.

Durante a gestão do prefeito Roberto Cláudio, uma das principais críticas de Martins dizia respeito ao uso de dinheiro público no Réveillon de Fortaleza. No entanto, nos últimos anos a Prefeitura adotou uma parceria com a iniciativa privada, que se compromete com a maior parte dos custos das festas, principalmente, sobre o cachê dos artistas.

“Se a gente tirar a festa, estamos falando de um produto. Eu passei quatro anos batendo, porque era muito caro para os cofres púbicos. O Carnaval de Salvador se paga há mais de 10 anos. Mas de cinco anos para cá passou a dar lucro. A Prefeitura coloca dinheiro no bolso. O cachê do Roberto Carlos custa em torno de R$ 3 milhões. Ele atrai um universo de atividades turísticas e comerciais”, explicou o parlamentar.

Segundo ele, quem tomou a atitude de trazer atrações como Roberto Carlos, Marisa Monte, Titãs e outros artistas nacionais está de parabéns. “E o próximo prefeito de Fortaleza tem que pegar o exemplo de Salvador, porque o Réveillon pode trazer recursos diretos. Por isso que sempre batia de frente. E hoje, quando a Prefeitura consegue entregar o maior Réveillon proporcional do Brasil, não tem com ficar contra. Ele pode, inclusive, deixar lucro”, destacou.

Ronivaldo Maia (sem partido) lembrou que a ex-prefeita Luizianne Lins percebeu o potencial de Fortaleza para esse tipo de evento, o que vem sendo aprimorado ao longo dos anos. Segundo defendeu, os recursos que seriam oriundos de um eventual lucro com a festa poderiam ser remanejados para o fundo municipal de cultura, podendo subsidiar outras ações da gestão, como a Paixão de Cristo ou as quadrilhas juninas.

“E mais: olhando à frente, em breve, vamos comemorar, de PL a PSOL, que esse evento da nossa cidade passará a ser um produto a colocar, inclusive, a sobra dele num fundo municipal de Cultura, para que ele possa subsidiar outras ações”, defendeu Márcio Martins.

Prefeitura

Adail Júnior (PDT) também tratou do tema e destacou que, para este ano, a estimativa da Prefeitura é que o evento traga uma geração de renda de R$ 3,5 bilhões, acima do que foi alcançado no ano passado. A quantidade de turistas, que no fim de 2023 foi de 550 mil, deve passar de 600 mil.

“Como não torcer que dê certo? Você trazendo para a cidade de Fortaleza a geração de 180 mil empregos. E aí o Brasil pergunta, como um Estado pobre tem uma Capital tão pujante, com PIB tão elevado? A Prefeitura de Fortaleza vai fazer três dias de Réveillon e não vai custear quase nada ou então nada”, disse.