O reitor da UFC também comentou sobre a necessidade de maior atenção por parte do setor público à área de ciência, tecnologia e pesquisa das instituições federais. Foto: Reprodução

Em participação no Conexão Assembleia, programa multiplataforma da FM Assembleia (96,7 MHz), que foi ao ar nesta segunda-feira (25/09), o reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Custódio Almeida, abordou os principais projetos que a instituição tem em mente para os próximos anos.

Em entrevista à jornalista Kézya Diniz, o convidado ressaltou que a sua expectativa enquanto reitor é que a universidade continue a ocupar o protagonismo no campo do ensino em todos os recantos do Ceará, como tem ocupado em suas seis décadas de existência.

“Nós temos potenciais reprimidos por várias razões e queremos que eles apareçam. Nós precisamos criar um ambiente em que todo o potencial da UFC aconteça plenamente. Digo que o principal desafio da UFC não são os grandes projetos novos, que são muitos, mas sim, aprimorar o que já está sendo desenvolvido”, apontou Custódio Almeida.

Segundo ele, “o grande projeto da UFC não é o que ela vai ser, mas sustentar o que ela é hoje”, avaliando que a principal prioridade neste momento é proporcionar as melhores condições possíveis de trabalho, estudo, pesquisa e extensão para os seus servidores docentes, técnicos e alunos.

“Nós precisamos cuidar daquilo que já está instalado. Essa é a nossa prioridade número um. A universidade precisa funcionar bem, com sua infraestrutura plena, de laboratório de ponta a banheiro, porque as pessoas que estão lá são qualificadas e merecem isso”, assinalou o reitor.

Dentre os projetos que estão em discussão e articulação para serem implementados, Custódio Almeida destacou alguns, como a intenção de transformar o bairro Porangabussu, em Fortaleza, em um Distrito de Inovação em Saúde; a efetivação do Corredor Cultural do Benfica; e a instalação de um campus da UFC na Praia de Iracema. “Além desses projetos, nós temos que pensar muito sobre como a universidade pode estar presente nos bairros periféricos de Fortaleza, trabalhando com essas populações de forma constante e abrindo perspectivas”, pontuou.

Para ele, é necessário ter a consciência de que a universidade se enriquece e se fortalece com a diversidade e com o contato próximo com a comunidade. “Nós queremos abraçar as cidades de Fortaleza, Sobral, Crateús, Russas, Quixadá, Itapajé e dizer que podemos sonhar e pensar em uma vida melhor, com crescimento profissional”, enfatizou.

O reitor da UFC também comentou sobre a necessidade de maior atenção por parte do setor público à área de ciência, tecnologia e pesquisa das instituições federais. “Os nossos laboratórios precisam de cuidados e manutenção permanentes. A pesquisa é uma área que precisa ser melhor ajudada nas universidades federais, inclusive pela legislação”, defendeu, acrescentando que o material humano da UFC nesse quesito está cada vez melhor.

“Nós continuamos na liderança na área da pesquisa, sendo o nosso grande carro-chefe nas relações internacionais. Os nossos pesquisadores crescem em número a cada ano e se qualificam cada vez mais, e o nosso potencial humano pede muito investimento”, considerou Custódio Almeida.

Fonte: ALECE