De Assis disse que o impeachment de Dilma Rousseff entrará para a história como mais um golpe no País. Foto: ALCE

O deputado De Assis Diniz (PT) destacou, na manhã desta terça-feira (22), em sua participação na Assembleia Legislativa, a decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, que, por unanimidade, arquivou ação de improbidade administrativa contra a ex-presidente Dilma Rousseff no caso das “pedaladas fiscais”. Para ele, o dia 31 de agosto de 2016, data em que foi aprovado o impeachment da petista, entrará para a história como mais um “golpe” dado no Brasil.

Em sua avaliação, o golpe foi perpetrado pela classe política, parte da Justiça e da mídia brasileira. “Isso deixa claro que estávamos certos quando denunciamos o golpe político jurídico midiático que afastou, de forma revoltante, uma mulher honesta, eleita democraticamente”, destacou.

De acordo com ele, os livros escolares vão registrar que houve três golpes recentes na República brasileira: um em 1937, na ditadura Vargas; outro em 1964, na ditadura militar; e em 31 de agosto de 2016, com o afastamento de Dilma “por pessoas que assumiram o país de forma ilegítima e prejudicaram a população com fome, miséria, desemprego e um discurso de ódio e violência”.

“Primeiro se articulou, depois mobilizou a sociedade em um tema que é tão grave, que é a corrupção. Teve base do Ministério Público, de apoio midiático, parte do Supremo, que deu resguardo. Esse mesmo Supremo que em 1936 entregou a Olga Benário à Gestapo e ela morreu na câmara de gás pela Alemanha nazista”, atacou.

Para Diniz, o impeachment de Dilma Rousseff culminou em políticas desastrosas para o País, como a reforma trabalhista e precarização da força de trabalho, e outras medidas que colocaram o Brasil de volta no mapa da fome. “Essas medidas levaram o País ao mapa da fome, com mais de 33 milhões passando fome, mais de 14 milhões de desempregados. Quando olhamos para o País, a fotografia de 2016 era uma e em 2023 é outra. E estamos recuperando o País. E é pela política que as grandes questões serão resolvidas”, defendeu.