Idilvan Alencar representa a categoria dos professores na Câmara Federal. Foto: Divulgação

O deputado Idilvan Alencar (PDT-CE) deu entrada junto à Procuradoria Geral da República em notícia crime contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que em evento público, comparou professores a traficantes de drogas. A ação foi feita em conjunto com a deputada federal Professora Liciene Cavalcante, do PSOL do Rio de Janeiro.

O pedetista disse ainda que vai oficiar os ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos e Cidadania para que tomem providências sobre o assunto. “Também estarei assinando representação do PDT e do PSOL no Conselho de Ética da Câmara por apologia contra professores. Essa fala é grave e perigosa, pois incita a violência no ambiente escolar e ataques aos professores. Vamos trabalhar para que haja uma punição exemplar”, disse.

As falas de Eduardo Bolsonaro aconteceram durante um discurso em evento pró-armas em Brasília, no domingo passado. Segundo o parlamentar, em seu pronunciamento, existe doutrinação nas escolas que chega a ser pior do que aliciamento para o tráfico de drogas.

“Se nós, por exemplo, tivermos uma geração em que os pais prestem atenção na educação dos filhos. Tirem um tempo para ver o que eles estão aprendendo nas escolas. Não vai ter espaço para professor doutrinador tentar sequestrar as nossas crianças. Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar os nossos filhos para o mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior porque ele vai causar discórdia dentro da sua casa, enxergando opressão em todo o tipo de relação”, disse Eduardo.