Como vereador, Antônio Henrique sempre esteve na base governista. Agora, enfrenta seu primeiro mandato como opositor. Foto: Miguel Martins

Historicamente membro da base governista, o deputado Antônio Henrique (PDT) iniciou, nesta Legislatura, sua participação na bancada de oposição. Apesar das dificuldades enfrentadas, o parlamentar disse que “está muito bem nessa posição”, mas cobra do governador Elmano de Freitas um diálogo para tratar de temas de interesse da população.

O parlamentar foi vereador de Fortaleza por 14 anos, sendo quatro deles como presidente do Poder Legislativo da Capital cearense. Participou das gestões de Luizianne Lins, Roberto Cláudio e Sarto. Mas agora, segundo disse, tem que atuar na Assembleia Legislativa como opositor, visto que esta é a posição de seu grupo político, liderado no Ceará por Ciro Gomes, Roberto Cláudio e Sarto.

“Estou muito bem nessa posição. De fato, os poderes legislativos têm a prerrogativa de ser a Casa do Povo, de poder expressar o sentimento da população através da nossa voz. A população deu a mim e aos outros sua voz nesta Casa e estou procurando fazer as coisas de acordo com o que o povo me deu, com seu representante”, disse.

Segundo o parlamentar, sua função tem como objetivo debater, apresentar propostas e, se necessário, elogiar a gestão se houver algo que mereça elogio. “Se possível, vamos elogiar. Aqui queremos que a população seja bem assistida, bem atendida e bem representada”, apontou.

Base governista

Para ele, uma das dificuldades que tem enfrentado como opositor é um diálogo próximo com a gestão para atender as suas demandas. “Eu gostaria muito que qualquer governador, qualquer gestor público que esteja na cadeira do Executivo, receba todos os representantes. O prefeito Sarto recebe os vereadores da base e oposição, atende os pedidos que a oposição faz e aqui na Assembleia ainda não tive a oportunidade de receber uma mensagem, um telefonema do governador para ir ao Palácio”, disse.

Segundo ele, ainda que esteja na oposição, pode ajudar a gestão visto o posicionamento crítico em alguns temas.”Infelizmente, a gente não teve nenhum convite dessa natureza e acho que é negativo para o gestor maior do nosso Estado. Não que minha ida seja para aderir à base governista. Mas acredito que temos muito para ajudar o Governo. Nossa contribuição será muito grande para o bem do povo cearense”, afirmou.