Visitação encerrou módulo de curso com lideranças ministrado por professores de universidades de Mato Grosso e do Tocantins. Foto: Reprodução/ Antonio Augusto/Secom/TSE

Um grupo com mais de 40 indígenas da região do Parque do Xingu – localizada entre os estados de Mato Grosso e Tocantins – esteve na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília (DF), na última quarta-feira (7).

A visita encerrou o último módulo do curso extensivo para lideranças indígenas ministrado por professores da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) e da Universidade Federal do Tocantins (UFT).

É a primeira vez que o indígena Ronan Kayabi, que vive em aldeia no Alto Xingu, próximo à cidade de Marcelândia (MT), visita a capital federal. Para ele, a oportunidade de conhecer uma instituição como o TSE também é um aprendizado de muita importância. “Conhecer as instituições públicas e governamentais vai nos ajudar a entender melhor como se dá o trabalho público. Além disso, ver como funciona o Tribunal também auxilia na compreensão sobre o trabalho da Justiça Eleitoral”, afirmou.

Os visitantes tiveram a oportunidade de adentrar o plenário onde se realizam as sessões de julgamento e os auditórios onde ocorrem os eventos do Tribunal, além de conhecer a exposição Eleições e Povos Indígenas, o Museu do Voto, visualizar objetos que contam a história das eleições e interagir com a urna eletrônica.

Os alunos foram guiados pelo servidor Renato Carvalho, da Assessoria de Cerimonial da Presidência (ACP), e pela equipe da Assessoria de Inclusão e Diversidade do TSE.

Ações da JE

Também fez parte da visita uma apresentação sobre as ações da Justiça Eleitoral (JE), realizada pelas secretárias de Gestão de Pessoas (SGP), Thayanne Fonseca, e da Corregedoria-Geral Eleitoral (CGE), Roberta Gresta, e pela assessora-chefe da Escola Judiciária Eleitoral (EJE), Polianna Santos.

Na apresentação, foram destacados aspectos relacionados ao funcionamento da JE, às características gerais para o alistamento de eleitores e para o registro de candidaturas, à importância do trabalho dos mesários e a demais atividades realizadas durante o período eleitoral.

Integração cooperativa

As lideranças indígenas que estiveram no TSE participam de um curso ministrado pelos professores Adriano Castorino (Unemat) e Rosane Rosa (UFT), que tem como objetivo principal levar a essa população uma melhor compreensão sobre as funções institucionais do Estado brasileiro.

“Priorizamos a visita ao TSE, porque achamos importante o entendimento do processo eleitoral. Dessa forma, as lideranças poderão perceber melhor as tentativas de assédio eleitoral durante o pleito e ter melhores argumentos para assegurar seus direitos durante esse período, principalmente junto aos gestores públicos de suas localidades”, explicou Castorino.

A assessora de Inclusão e Diversidade do TSE, Samara Pataxó, disse que se sentiu muito feliz com o encontro, especialmente porque os visitantes integram uma capacitação de multiplicadores de informações sobre os direitos indígenas também no âmbito eleitoral. “Com muita alegria, e ainda mais como ‘parente’, recebi essa visita especial na esperança de que possamos construir uma ponte de informação que possa ampliar a defesa dos direitos dos povos indígenas em todas as regiões do país”, enfatizou.

Programa de visitação do TSE

O evento desta quarta fez parte do Programa de Visitação do TSE. A solicitação de agendamento de visitas deve ser feita pelo e-mail [email protected]. É necessário informar o nome da instituição de ensino, o responsável pelo grupo, data e horário pretendidos e a previsão do número de alunos que estarão no TSE.

Fonte: Tribunal Superior Eleitoral