As falas de De Assis corroboram com críticas que vêm sendo feitas pelo presidente Lula contra os juros do BC. Foto: ALCE

O deputado De Assis Diniz (PT) criticou a decisão do Conselho de Política Monetária (Copom) em manter a taxa de juros da economia em 13,75%, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Ceará desta quinta-feira (22). Nas palavras do petista, o presidente do Banco Central, Campos Neto, estaria cometendo “sabotagem” com a população brasileira.

A decisão do Banco Central  foi duramente criticada por De Assis, que disse não existir possibilidade de crescimento, gerando emprego e renda,  “com uma taxa de juros neste patamar. E essa conta quem paga é o cidadão mais vulnerável. O Sr. Campos Neto está sabotando a política econômica brasileira”.

De Assis classificou a decisão como “injustificável”, já que os indicadores macroeconômicos estão apontando em outra direção. “Pela primeira vez em quatro anos, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s melhorou a nota do Brasil. O arcabouço fiscal foi aprovado. A inflação e o dólar estão baixando. O País voltou a ter uma taxa de crescimento positiva. Não há porque manter os juros tão altos, impedindo investimentos fundamentais para o desenvolvimento do país”, alertou.

Para o parlamentar, a decisão vai contra toda e qualquer proposta de crescimento para o país. “A taxa de juros de 13,75% com inflação de 5% significa que novamente o pobre não vai ter vez na nossa economia, pois quem paga essa conta não é o sabotador Campos Neto”, disse.

Presidente

De Assis Diniz prosseguiu acusando o presidente do Banco Central, Campos Neto, de sabotagem e culpado da situação. “Já chega dessa sabotagem ao Brasil de dentro do Banco Central. Esse presidente é um salafrário. Temos que ter responsabilidade fiscal, mas a nossa maior responsabilidade é com quem tem fome”.

Para o deputado Carmelo Neto (PL), a taxa de juros e confiança precisam andar juntos, mas com o desrespeito a teto de gastos, seria impossível manter uma taxa de juros baixa. “É muito fácil culpar o presidente do Banco Central, mas o Governo atual o tempo inteiro fala em desrespeitar as leis de teto de gastos. Como as instituições financeiras vão confiar num Governo desse? O tema tem que ser tratado com cuidado e temos que responsabilizar quem de fato tem culpa, que é o presidente do País”, apontou.